terça-feira, agosto 23, 2011

Um povo que Perece!!!


“Meu povo foi destruído por falta de conhecimento. Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacerdotes; uma vez que vocês ignoraram a lei do seu Deus, eu também igonararei seus filhos.” (Os 4,6)
Oséias profetizou isso a mais de dois mil anos, numa época em que Israel estava totalmente corrompido e distante de Deus. Não observava a Lei do Senhor. Qualquer semelhança com os nossos dias não será mera coincidência. Nem na idade média, os homens estiveram tão distantes de Deus e de sua bendita palavra como na atualidade. E, hoje temos em livre circulação a Palavra de Deus, e em várias versões, mas ainda assim nos recusamos a buscar ao Senhor e a sua palavra. Preferimos buscar aquilo que nos apraz, e assim confessamos que não nos apraz buscarmos a Deus. Israel era assim. E dessa forma se prostituía se corrompia e assim se desviava da vontade e dos planos de Deus. Será que somos tão diferentes assim de Israel dos tempos do profeta Oséias?
Perecemos por falta de conhecimento! Mesmo com o conhecimento nos perfurando os olhos, ainda assim o reusamos como loucos.
Era como se Deus tivesse dado a Oséias uma visão que transcendia a sua época, e o dirigia à nossa atualidade. Estamos em igual ou pior situação a dos israelitas dos tempos do profeta. Buscamos tudo e todos, menos ao Senhor!
O mundo moderno nos apresenta a facilidade de comunicação. Telefones fixos e móveis, e-mails, MSN, Orkut, facebook, twitter e skyper.  São diversas as ferramentas que a tecnologia coloca a disposição daqueles que se dizem servos de Deus. Elas se-nos mostram como meios de propagação do evangelho da graça de Cristo, todavia, como vamos falar do evangelho se não o conhecemos . Só podemos falar de algo com propriedade quando temos conhecimento do que queremos falar, mas nós perecemos sem conhecimento. E sem o devido conhecimento, acabamos por usar essas ferramentas tecnológicas para propagar apenas a nossa presunção e depravação, ou a nossa busca por reconhecimento humano, que segundo o nosso julgamento vale a pena. Sendo que esquecemos que devemos ser reconhecidos por Deus e não por homens.
Nossa geração tinha, ou melhor, tem tudo para ser uma geração eleita, uma nação santa, contudo nós nos recusamos em buscar ao Senhor. O mesmo profeta, exortou à Israel a conhecer e prosseguir em conhecer ao Senhor (Os 6.3), e que Israel deveria se esforçar para isso, mas o povo de Deus era desleixado, preguiçoso e indolente. Agora surge a pergunta: “Será que essa exortação do profeta não está apontada diretamente para os nossos corações?” Como foi dito, temos tudo para ser uma geração diferente. Uma geração que deveria amar ao Senhor de todo coração. Uma geração que deveria meditar dia e noite na palavra dEle, olhando atentamente para cada mandamento, preceito, ordenança e decretos nela contidos.
Há um mundo que jaz em densas trevas, e enquanto ficarmos nos escondendo atrás da nossa satisfação e dos nossos desejos seremos uma geração que perece, e o mundo cada vez mais se afundará nas trevas do pecado
A igreja esta perdendo a noção de que tem uma importante e vital função neste mundo. Entretanto, como ela vai fazer a diferença se ela mesma não é diferente? A igreja precisa se voltar urgentemente para Deus e para sua palavra, saindo assim da inércia e do estado de coma no qual se encontra por conta da falta de conhecimento.
O que deve retumbar no coração de nossa geração é outra exortação também do profeta Oséias: “Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo” (Os 6.3a) Para conhecer o Senhor é necessário esforço! Será que a igreja esta disposta a se esforçar para conhecer a Deus, para que não venha a perecer por falta de conhecimento?
Que Deus nos ajude!

Joel da Silva Pereira
@joel_teoref

domingo, agosto 14, 2011

O Sermão do Monte


Nas palavras de John Stott, “o Sermão do Monte exerce um fascínio sem par. Ele parece encerrar a essência do ensino de Jesus. Ele torna a justiça atrativa; envergonha o nosso fraco desempenho; gera sonhos de um mundo melhor.”
Este sermão deve ser a parte dos ensinos de Jesus que mais conhecemos. A parte que é mais pregada e ensinada nas igrejas, contudo, a que menos é vivida.
O Sermão do Monte é a doutrina de cristã em sua mais pura essência, sem floreios e ou maquilagem. Uma mensagem que mesmo sendo pregada, ensinada e defendida pela maioria das igrejas, a sua prática passa longe. Passa-se tão longe dela quanto passaram ao largo o sacerdote e o levita na estrada para Jericó onde jazia um homem que tinha sido assaltado (Lc 10.25-37).
O Sermão do Monte personifica um andar na contramão desse mundo. É algo que vai de encontro a esse mundo que jaz em trevas e sua cultura depravada, ou seja, o Sermão do Monte nos revela uma contracultura, isso foi largamente defendido pelo saudoso John Stott. Eu iria um pouco mais além, o Sermão do Monte apresenta a verdadeira cultura na qual nós cristãos devemos estar inseridos e nela trabalharmos para glória de Deus e em prol da expansão do Reino de Deus.
A mensagem do Sermão do Monte é uma mensagem direta e clara aos corações daqueles que professam a fé em Cristo. Nas palavras de Martyn Lloyd-Jones, é um erro pedir de quem não é crente que tente viver ou pôr em prática os preceitos do Sermão do Monte.
O Sermão do Monte é totalmente relevante para a igreja hodierna. Ele abarca tudo o que devemos observar e seguir para caminharmos bem na estrada da vida cristã. Ele trata do caráter cristão (Mt 5.3-12), a influência que devemos ter no mundo (Mt 5.13-16), a nossa justiça que deve exceder a do mundo tenebroso (Mt 5.17-48), a vida de piedade que devemos viver (Mt 6.1-18), a verdadeira ambição que deve nortear a nossa vida (Mt 6.19-34), até os nossos realcionamentos com os nossos irmãos são preceituados nesse sermão (Mt 7.1-20) e por fim a real dedicação que devemos cuidar de ter (Mt 7.21-27). É um manual completo para a vida cristã.
O Sermão do Monte é guia prático da vida cristã. É o cristianismo puro e simples. Uma vez que o cristianismo não deve ser visto e muito vivido como a mera religiosidade que vemos hoje. É de extrema urgência que nos voltemos para o ensino verdadeiro desse sermão tão importante, e ainda mais para uma prática verdadeira dele. Que paremos de falar do sermão, e que começemos a vivê-lo!
Se esse sermão fosse pregado, ensinado e acima de tudo vivido verdadeiramente com o amor que as palavras de Jesus nele contidas expressam nesse tão excelente ensino as nossas igrejas e principalmente nossas vidas seriam diferentes.
Encerro esse artigo com a exortação que o saudoso John Stott nos deixou em seu livro A Mensagem do Sermão do Monte: “Acima de tudo quis deixar o próprio Sermão falar, ou melhor, deixar Cristo proferi-lo novamente, desta vez ao mundo contemporâneo. Assim, procurei encarar com integridade os dilemas que o Sermão levanta para os cristãos de hoje, e não esquivar-me deles, já que Cristo não nos deu um tratado acadêmico, calculado simplesmente para estimular a mente. [...] ele desejava que o seu Sermão do Monte fosse obedecido. De fato, se a igreja tivesse aceitado realisticamente os seus padrões e valores [...] e tivesse vivido por eles, ela teria sido a sociedade alternativa que sempre tencionou ser, e poderia oferecer ao mundo uma autêntica contracultura cristã.” (John Stott 1921-2011)
 Deixemos Jesus falar através do seu Sermão do Monte, aliás, por meio de sua palavra como um todo!!!! 

                                                                                                                                  Joel da Silva Pereira