segunda-feira, novembro 18, 2013

Covardes e Apáticos!!!



Em uma de suas canções o grupo Logos diz: “os dias são maus, e as provas duras demais quase não posso resistir”. Creio que essas palavras são o falar do coração de muitos hoje. Muitos cristãos estão se cansado com extrema facilidade da urdidura da vida. Será que se esqueceram das palavras do próprio Jesus: “no mundo tereis aflições”. Ao que  tudo indica, os cristãos em sua maioria acham que vieram a esse mundo a passeio e que Deus deve estar sempre a sua disposição para lhes satisfazer os seus desejos e vontades. Eu me pergunto: “que cristianismo é esse?”
Um cristianismo de facilidades e comodidades tem sido pregado para encher templos de pessoas não transformadas pelo poder do Espírito Santo e que estão ali lotando essas igrejas unicamente na esperança de receberem algum favor material ou de ouvirem alguma palavra que lhes massageei o seu jpa tão corrompido coração. Um cristianismo onde pessoas são elevadas à salvação sem que haja necessidade de arrependimento. Vida eterna sendo trocada por “quantias simbólicas” que servem para sustentar ministérios que se valem da exploração da boa fé e ignorância de muitos que vão em busca de consolo para as suas angústias.
Não discordo de que os dias são maus, mas temos que admitir que os cristãos estão em um nível espiritual decadente e deplorável. Os cristãos são mais influenciáveis do que influenciadores. Nesse aspecto temos muito o que aprender com os puritanos. Os puritanos enfrentavam a vida cristã com galhardia e destemor, e mesmo reconhecendo as suas falhas e imperfeições não negavam a fé ou procuravam pregações rasas e humanistas como forma de tentarem mascarar as urdidura da vidas, pelo contrário os puritanos sabiam o caminho correto e a fonte de onde jorrava as verdades que alimentavam seus corações , ou seja, os puritanos recorriam  ao próprio Autor e Consumador de sua fé. Eles buscavam a Deus em sua própria palavra sem necessidade de intermediários ou de promessas mirabolantes, pactos loucos, correntes disso e daquilo como vemos nos dias atuais. Todavia, o que mais me deixa estupefato é o fato da igreja achar isso normal e se acomodar e não fazer nada para mudar esse terrível quadro que se alastra a cada dia.
Não importa o quão difícil seja a luta! Não importa o quão árido seja o deserto! Deus disse que estaria com os seus até a consumação dos séculos, e essa promessa  foi feita por alguém que é de Eternidade em Eternidade e isso deveria bastar para nós que nos professamos servos Dele.
Os pregadores que hoje mercadejam a fé, a vocação e o ministério deveriam repensar se foram mesmo chamados por Deus para estarem à frente do rebanho de Cristo. Para Lutero, “quem não prega a palavra, para o que foi chamado pela igreja, não é sacerdote de maneira alguma”. Os pregadores que não pregam mais o evangelho da graça de Cristo, e sim um pseudoevangelho, mutilam suas mensagens, açucarando-as, dando enfatizando as benesses do Evangelho e ocultando assim a santa e justa ira de Deus, a necessidade de arrependimento e os custos do que significa realmente seguir a Cristo, pois os que querem viver piedosamente em Cristo serão perseguidos (II Tm 3.12).
Não posso aceitar o fato dos crentes se acovardarem de enfrentar esses dias maus e se queixarem de que não suportam mais a lida e não quererem mais enfrentá-la com fé em Cristo Jesus. Não tenho outra palavra para adjetivar a maioria dos que se professam cristãos que não seja COVARDES. Somos uma geração covarde! Preferimos nos omitir a encararmos a lida e as situações complexas que surgem durante a caminhada cristã. Nos encondemos envoltos em um manto de falsa SANTIDADE para tentarmos esconder dos outros e acima de tudo nós mesmo a nossa face vil, pecaminosa e covarde.
À nossa geração covarde e vil deixo um conselho do príncipe dos pregadores, a saber, Charles Haddon Spurgeon: “Orai sem cessar e pregai a Palavra fiel em termos mais claros do que nunca. Tal conduta talvez pareça a alguns uma espécie de ficar parado e nada fazer, mas a verdade é que isso traz para dentro da batalha; e quando ELE vem para vingar-se daqueles que desprezam a sua aliança, sua vitória vem rápida. ‘Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa!”
Não é tempo de nos acovardarmos, mas sim de dobrarmos nossos joelhos e orarmos incessantemente por um despertar espiritual poderoso vindo da parte de Deus para que assim com ousadia pregarmos o glorioso evangelho da graça de Cristo que é poder para a salvação de todo aquele que crê.

Chega de covardia igreja!!!

Se quisermos viver piedosamente em Cristo padeceremos perseguições e teremos dias maus!!!

Que Deus nos ajude e tenha misericórdia de nós!!!

Soli Deo Gloria!!

Joel da Silva Pereira





terça-feira, outubro 01, 2013

Uma Igreja Muda!!!



“Façam discípulos de todas as nações.” O imperativo de Cristo nunca foi tão necessário e urgente como nos dias atuais. Sabemos que os campos já branquejam para a ceifa, mas ainda nos recusamos a cumprir a ordenança de Jesus. Somos negligentes e egoístas, pois nossa pecaminosidade nos impede de enxergarmos a brancura dos campos.
Nossos egos inflados e entorpecidos pelo pecado enchem nossos corações com ambições egoístas e desejos vãos que nos querem levar a campos além daqueles que o senhor nos indica para irmos. Não acho errado ambicionar ultrapassar as fronteiras para cumprirmos o imperativo de Cristo, critico sim e com veemência quando pelo nosso próprio esforço e nossa má, desagradável e imperfeita vontade queremos ir além daquilo que Deus determinou para fazermos. Nos dias atuais a nossa vontade busca suplantar a vontade boa, agradável e perfeita do eterno Deus.
Ao lançar vistas à história da cristandade vemos que os grandes e poderosos avivamentos, que inflamaram e vivificaram a igreja de Cristo, além de trazerem consigo pregações poderosas que frutificavam em conversões genuínas trouxeram em seu âmbito um imenso e bíblico despertar missionário. Uma genuína e imperiosa necessidade de se pregar o evangelho da graça e assim pelo agir soberano do Espírito Santo alcançar para o Reino de Deus gente que procedia de todas as tribos, povos, raças e nações!
Hoje ao que parece o verdadeiro ardor missionário está em qualquer lugar menos no meio cristão. A igreja, pelo que tem demonstrado em sua prática “cristã” se porta cada vez mais como o mundo e dessa forma os campos que já branquejam não são ceifados e a ordenança de Cristo cai em descaso por ser desobedecida de maneira tão descabida e vil.
Um exemplo digno de nota acerca da obra missionária feita com amor e dedicação é o do povo morávio. Um povo que se deixou consumir por um ardor missionário sem igual. Os morávios seguiam o seguinte lema: “Vicit Agnus Noster Eum Sequamur”, traduzindo: “Venceu o Nosso Cordeiro, vamos segui-Lo”.
Os moravianos tinham um amor genuíno pelas almas perdidas a ponto de se venderem como escravos a um país estrangeiro simplesmente por esse ser o único modo encontrado por eles de terem a oportunidade de pregarem o evangelho da graça de Cristo a este longínquo e desconhecido país. Eles tinham apenas duas certezas: a sua fé em Cristo Jesus e a terrível verdade de que neste mundo nunca mais veriam os seus familiares e amigos moravianos. Que tamanho destemor, amor e renúncia por Cristo e pelo seu santo evangelho. Hoje (infelizmente) não encontramos corações com atitudes semelhantes a dos morávios, e em meio a essa triste realidade ousamos abrir as nossas bocas e dizemos que amamos missões. Quanta hipocrisia! Que tamanha falsidade!
Os pré-reformadores entenderam a urgência do IDE e a nobre necessidade de se anunciar o evangelho. Alguns deles, a exemplo de John Huss entregaram suas vidas por amor ao evangelho (Huss foi queimado vivo por pregar o verdadeiro evangelho). Diante de tudo isso “será que podemos dizer que os nossos pés são belos, pois anunciamos nos montes as boas novas?”(Is 52.7)
Somos uma geração que negligencia categoricamente o IDE ordenado por Cristo. Contudo, não pensemos que esta negligência é uma novidade. Essa terrível negligência se faz presente na história do povo escolhido de Deus, a saber, Israel.
Israel tinha a missão de anunciar as maravilhas e grandezas do eterno Deus, que o escolheu como povo seu, entre todas as nações da terra, porém por sua arrogância e terrível orgulho o povo escolhido se rebelou contra Deus que não deixou sem punição a transgressão de seu povo exilando dessa forma Israel entre as nações as quais este deveria anunciar Deus. Mas, mesmo em meio ao exílio a missão de Israel continuava estabelecida, ou seja, mesmo exilado Israel tinha que mostrar por meio de sua conduta as grandezas do Eterno Deus, mas não foi isso que aconteceu, e Israel se misturou e se deixou influenciar pela cultura de cada nação para onde foi cativa e assim se afastou totalmente dos planos de Deus. Agora me pergunto: “Se Deus castigou tão severamente a sua menina dos olhos (Israel) o que nos leva a pensar que escaparemos da punição por estarmos descumprindo resolutamente o IDE do Senhor?”
Era de se esperar que a nossa geração aprendesse com os erros do povo escolhido e assim nos comprometesse-mos a obedecer prontamente o IDE de Jesus e assim puséssemos as nossas mãos nos arados e não olhássemos para trás, todavia não é assim que ocorre, pois os campos estão brancos e nós como ceifeiros estamos deixando o arado de lado e desobedecendo terrivelmente a ordenança divina.

Igreja: Despertai!!!

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!

Soli Deo Gloria!!!

Joel da Silva Pereira

sábado, agosto 10, 2013

Nascer de Novo!!!





Hoje muitos pregadores deixaram de pregar acerca da necessidade do novo nascimento. Entrar no Reino de Deus nunca foi tão fácil. Ter o nome do livro da vida do Cordeiro é mais fácil do que respirar tudo isso é possível uma vez que não há mais a necessidade de nascer de novo. Será que a assertiva de Jesus a Nicodemos, “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3), teve validade apenas para Nicodemos? Será que as palavras de Cristo perderam valor? Por que não se leva mais a sério tal assertiva?
A experiência e a necessidade do nascer de novo foram substituídas pela urgência e pressa do crescimento numérico, ou seja, é mais importante ter um templo cheio de pessoas mortas do que ter um templo onde há poucos membros, mas esses poucos cheios do Espírito Santo e consequentemente nascidos de novo.
A “numerolatria”, provocada em sua maioria pela disseminação da teologia da prosperidade, descarta o nascer de novo como prerrogativa principal para entrar no Reino de Deus, basta aos homens serem sabedores de que são filhos do Dono do ouro e da prata para os portões do céu e se abram e com eles a certeza da salvação.
Todavia, as palavras de Cristo a Nicodemos passam longe dessa permissividade tola e vã propagada na maioria dos púlpitos das igrejas hoje. As palavras de Cristo são um imperativo: “é necessário nascer de novo!” Não há atalhos! Não há caminho mais fácil! Não há subterfúgios, ou seja, ou o Espírito Santo nos convence e opera em nós o novo nascimento nos regenerando ou não faremos parte do Reino de Deus em hipótese alguma. Ao longo da historia da cristandade os homens tentaram criar atalhos e subterfúgios para se chegar aos céus, ou seja, o ensino acerca do novo nascimento já vem sendo negligenciado desde muito cedo. Temos como grande exemplo dessa negligência histórica as indulgências e as relíquias vendidas pela igreja medieval no século XVI, tais homens (os clérigos) chegaram a proclamar que “fora da igreja não haveria salvação”, ou seja, os homens só teriam “direito” e “acesso” ao Reino de Deus se permanecessem na igreja e se submetessem aos desmandos, heresias e corrupção do clero que se colocavam e se autoproclamavam como representantes de Deus. Eles impunham jugos e fardos sobre o rebanho que eles mesmos não podiam e nem tinham condições de suportar e assim se portavam tais quais os fariseus e mestres da lei dos tempos de Cristo. Dessa forma, o novo nascimento não era mais anunciando. Hoje ao que parece essa tragédia se repete, as indulgências estão com uma nova roupagem, travestidas a ponto de enganar homens sabidos com suas vãs sutilezas e uma vez mais desmerece a necessidade do novo nascimento, e isso nada mais é do que anular as verdades das Sagradas Escrituras ou num sentido mais cru e, porém mais verdadeiro é anular as palavras do próprio Deus.
Uma coisa que não é ensinada hoje na maioria das igrejas, é que o novo nascimento é importante e inquietante porque diz respeito a algo que é feito para nós e não algo que depende de nossas ações, ou seja, o novo nascimento não é algo que depende de nós ou da nossa própria força, mas sim de Deus.
A ênfase de João 1.13 de que os filhos de Deus são aqueles que “não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” nos ensina que o novo nascimento é uma obra plena e totalmente divina.
John Piper assevera: “não realizamos o novo nascimento, é Deus quem o realiza. Qualquer coisa espiritualmente boa que fazemos é resultado do novo nascimento e não a causa dele”.
Uma inquietação me vem ao coração ao redigir este post: “Por que se deixou de ensinar acerca da necessidade do novo nascimento?”
Temos que entender que estávamos mortos em nossos delitos em pecados e como tais só através do novo nascimento é que receberemos o poder para sermos chamados filhos de Deus.
John MacArthur Jr. diz que “o barateamento da graça e a fé fácil em um evangelho distorcido estão arruinando a pureza da igreja”. Ele prossegue dizendo: “os crentes de hoje estão dispostos a aceitar qualquer coisa, que não a rejeição aberta, como autêntica fé cristã”. Os cristãos de hoje sabem tudo o que é preciso para viver bem, contudo assim como Nicodemos não sabem que é necessário nascer de novo.
Os reformadores e puritanos só alcançaram êxito em seus ministérios porque acreditavam, ensinavam e viviam verdadeiramente o novo nascimento.
O resgate de tão importante doutrina se faz mais que necessário, pois resgatar esse importante e imperativo ensino é resgatar a essência do evangelho da graça de Cristo, pois só entraremos no Reino de Deus se tivermos nascido de novo.

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!

Soli Deo Gloria!!!

Joel da Silva Pereira

  

quinta-feira, agosto 08, 2013

Doentes!!!!!!



No artigo anterior falamos acerca da fraqueza cristã: de como somos uma geração fraca, alimentada por uma pregação covarde e distorcida da Palavra de Deus, isso tem sido a constante dos nossos dias. A nossa geração abomina (essa é a palavra) a orientação de Paulo, enfim estamos nos conformando com este mundo.
Ao examinar as Escrituras Sagradas, em especial o livro do profeta Oséias, entendi que o nosso problema de fraqueza é bem mais sério do que relatado anteriormente. Na verdade não se trata de uma simples fraqueza, mas, de uma grave e terrível doença; o profeta disse: “o seu coração é falso; por isso serão culpados.” (Os 10.2) Vê-se assim que a nossa doença cardíaca chama-se FALSIDADE, e como sintoma dessa doença temos:  a nossa fraqueza.
Dessa forma somos uma geração doente, e assim formamos uma igreja igualmente doente e cheia de pessoas que se apertam em busca de algumas migalhas que caem dos púlpitos, mas, não no intuito de se fartarem de alimento sólido, porém de palavras que apenas massageiem os nossos já tão inflados egos.  Infelizmente, somos uma geração doente que professa sua fé em Cristo, mas, que em contrapartida confia excessivamente mais em seu ego do que na pessoa de Cristo, pois, enquanto as coisas vão bem não nos lembramos de Cristo, agora se algo sai dos trilhos logo recorremos em busca de respostas e explicações, ou seja, Cristo ao invés de ser a nossa confiança e esperança se tornou o nosso quebra galhos.
Nossa terrível doença nos cega e assim não enxergamos a verdadeira realidade, só vemos a realidade que o nosso orgulho nos permite ver e com isso nos afastamos terrivelmente de Deus e de sua santa e bendita Palavra, assim nos esquecemos de que Deus nos fez com apenas um coração e este deve estar totalmente devotado à sua soberana vontade, mas, a nossa doença, ou seja, a FALSIDADE de nossos corações tem nos tornado idolatras repugnantes e assim todo o nosso caráter é culpado.
Como efeito devastador dessa doença miserável, Spurgeon diz que “Deus não é amado, de forma alguma, quando não é amado totalmente”, ou seja, a falsidade que reside em nosso coração nos faz amar cada vez menos a Deus ou em alguns casos não o amamos. Não se pode amar verdadeiramente se verdadeiramente o seu coração é falso.
No texto do profeta Oséias que citamos, vemos a terrível realidade do povo escolhido de Deus. Israel como nação estava totalmente dividida e arrasada e assim afundada em sua depravação.
Israel estava dividindo sua lealdade entre YHWH e Baal, e por esse comportamento tornou-se inútil para Deus e foi abandonado ao cativeiro. É como se o profeta estivesse com um arco armado e pronto apontado diretamente para os nossos dias, tamanha é semelhança entre a nossa miserabilidade e a de Israel falso e depravado.
A nação israelita com seu coração falso e dividido insultou a Deus a tal ponto que foi entregue ao exílio, Deus não admite rivais. Ele, castigou severamente a Israel por causa da doença (FALSIDADE) de seu povo, será que não fará o mesmo conosco?
A verdade é que além de sermos uma geração doente, somos também e para nossa desgraça uma geração mimada e entorpecida pela vileza do orgulho e do egoísmo e isso nos torna ainda mais doente do que já somos. E nossa doença só faz aumentar quando dos púlpitos não flui o verdadeiro evangelho da graça de Cristo.  Spurgeon falando acerca da FALSIDADE descrita pelo profeta Oséias disse: “o que vai em busca de Cristo, nunca o encontrará, enquanto seu coração desejar ardentemente os prazeres pecaminosos, ou a confiança farisaica: sua busca é defeituosa demais para obter êxito”. Por causa de nossa doença miserável nossa vida coxeia e vacila, pois não trás em seu peito um coração íntegro e totalmente devotado a Deus.
Esquecemo-nos que Cristo em sua paixão entregou totalmente o seu coração para no redimir de nossos pecados e assim não é coerente de nossa parte ter um coração falso e totalmente dividido. Como chegamos a esse terrível ponto? Como deixamos essa doença se alastrar de uma forma tão avassaladora? Mediante a tudo isso nos portamos como se estivesse tudo bem e como se nada de errado estivesse acontecendo. Como disse antes, além de estarmos doente somos uma geração mimada, e agora depois de tudo o que foi escrito vejo que a FALSIDADE de nossos corações nos tornou uma geração hipócrita, que se comporta como uma dona de casa negligente prefere amontoar a sujeira em baixo do tapete, ou seja, preferimos posar de santos e nos escondermos sob um manto falso de santidade e desse modo fingir que está tudo bem e que somos uma geração que tem o seu coração totalmente devotado a Deus. Quanta hipocrisia e falsidade.
Realmente a nossa doença é nítida! Não podemos mais escondê-la e também não podemos mais usar de paliativos tolos e banais para saná-la, precisamos ter em mente que só Cristo tem o poder necessário para curar essa geração e se não recorrermos essa maldita doença se alastrará como um câncer e nos devorará de dentro para fora. 

Que Deus tenha misericórdia de nós, nos cure e nos ajude!!!

Soli Deo Gloria!!!


Joel da Silva Pereira

sábado, agosto 03, 2013

Fracos!!!


Por que a igreja de hoje é tão fraca? Há inúmeras conversões e um aumento considerável do número de membros, contudo o impacto da igreja sobre a sociedade é irrisório! Ao que parece hoje está cada vez mais difícil distinguir os cristãos dos mundanos.
Uma das razões para a fraqueza da igreja é que ela deixou de pregar a Palavra de Deus tal como ela é, enfim a igreja está deixando de viver o cristianismo puro e simples. Prega-se e vive-se um evangelho embotado e torpe que não alimenta as almas e que nem de longe glorifica e honra o nome de Jesus. Como ter uma igreja forte se não há alimento suficientemente capaz de nutri-la e fortalecê-la? Trocando em miúdos, a igreja está fraca porque os seus púlpitos estão fracos! Onde está a verdade e a vida da afirmação de Paulo aos coríntios: “Porque não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo como Senhor” (II Co 4.5) Uma igreja que não se submete mais ao senhorio de Cristo está longe de ser uma igreja forte, ou melhor, está longe de ser IGREJA!
Os cristãos de hoje, por conta de pregações humanistas e antropocêntricas, correm o risco de perder de vista o ponto central da mensagem do evangelho, e isso os torna cristãos fracos, mas essa fraqueza em nada se parece com a fraqueza do apóstolo Paulo que ouviu do Senhor que o poder Dele seria aperfeiçoado na fraqueza do apóstolo. Infelizmente com uma igreja fraca como a atual, as únicas coisas que podem ser aperfeiçoadas são o orgulho e o ego humano e, por conseguinte o pecado, ou seja, a igreja fraca de hoje tende a se depravar mais e mais e assim se distanciando mais e mais da cruz de Cristo.
Os cristãos de hoje que não reconhecem mais o senhorio de Cristo se acostumaram com pregações doente e distorcidas da Palavra de Deus a ponto de estarem na casa de Deus apenas por mera “condicionalidade” e não como o salmista que ansiava por  estar na casa de Deus. Citando o pastor John MacArthur Jr, consigo ver um dos motivos pela tamanha fraqueza da igreja, disse ele: “as boas novas deram lugar às más novas de uma fé fácil e traiçoeira, que não faz qualquer exigência moral para a vida dos pecadores”. Ser cristão hoje se tornou conveniência. Não é preciso tomar a cruz e nem negar a si mesmo, basta apenas levantar a mão e responder a um apelo meramente humano e carregado de massagens para os egos pecadores que emotivamente respondem a esses apelos. Nenhuma igreja se torna forte simplesmente massageando o ego do seu corpo de membros. Se nos debruçarmos para os relatos bíblicos concernentes a igreja primitiva vemos que não havia apelos e nem massagens de egos, tão somente existia um firme testemunho e uma fé inabalável na pessoa de Cristo. Cristo era o cabeça da igreja primitiva, mas hoje não vemos mais Cristo tendo a primazia longe disso, em muitas igreja Ele nem lugar mais tem nem nos templos e muito menos nos corações dos cristãos. Olhando os nossos dias vem a minha mente o legado dos morávios que tinham por lema: “Vicit Agnus Noster Eum Sequamur” (Venceu o Nosso Cordeiro, vamos segui-lo). Esse lema deveria arder em nossos corações com toda intensidade e vivacidade que havia em cada coração moraviano, só que a nossa realidade é bem diferente, vocês podem até argumentar que os nossos dias e nossa realidade são bem diferentes dos morávios, mas eu contra-argumento com o seguinte: “os dias e a realidade podem ser diferentes, mas o Deus que os morávios serviam é o mesmo que ousamos dizer que servimos”. Não estou dizendo que os morávios eram perfeitos, mas que eles são um exemplo daquilo que os cristãos de hoje não são: FORTES! Sua força vinha do Senhor Jesus e de sua rica e bendita Palavra. Mas a nossa força vem de homens falhos e corruptos. Somos uma geração fraca e doente.
Nossa fraqueza deriva da nossa falta de temor e reverência a Deus e a sua Palavra e isso cresce a cada dia e cada vez enfraquecemos mais. São vários os motivos que faz de nós uma geração fraca se fosse listá-lo aqui seria um livro e não um simples post .
“O que diriam os mestres reformadores que lutaram para edificar uma igreja robusta e forte para Cristo se pudessem contemplar a igreja hoje?”   
 “Qual seria a reação deles ao ver que o legado pelo qual eles deram suas vidas tem sido negligenciado de maneira tão escabrosa e vil?”

Sim, somos uma geração fraca e corrupta! Mas, eu me pergunto: “Será que vamos aceitar simplesmente o fato de que somos fracos e nada faremos para mudar esse quadro terrível?”

Deus é o único capaz de mudar essa situação. Só Ele é poderoso para fazer mais do que pedimos ou pensamos. Ele pode nos levantar do monturo e do pó e nos fazer renovar as forças e nos fazer voar com asas de águia.

Desperta Igreja!!!

Soli Deo Gloria!!

Joel da Silva Pereira

sábado, junho 15, 2013

Distantes de Deus!!!



Vemos hoje o quão estamos distantes de Deus Altíssimo! Não nos afastamos de Deus apenas estando longe das nossas igrejas, mas também e principalmente quando fazemos algo que está distante da Sua soberana, boa, agradável e perfeita vontade e que está totalmente contra aos ensinos das Sagradas Escrituras. Quantas e quantas vezes entristecemos o Espírito Santo de Deus com nossas ações impensadas e algumas muitas vezes ações premeditadas, o que se concretiza em uma transgressão, ou seja, somos sabedores do que desagrada a Deus, e mesmo assim nos deixamos subjugar por aquilo que deveríamos combater pelo poder do Espírito Santo.  Não ceder a essa fraqueza deveria ser uma coisa fácil uma vez que somos conhecedores da verdade. Todavia, a realidade não é tão fácil assim, ainda não somos capazes de vivermos cabalmente a exortação de Tiago: “Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmo” (Tg 1.22). Enfim, sabemos ouvir, entretanto não somos bons praticantes da Palavra de Deus, ou ainda talvez nos falte fé, coragem e ousadia para subjugarmos as nossas vontades sejam elas carnais ou materiais. Na verdade o que parece ocorrer é que ainda vivemos sob o jugo do nosso EU, que permeia nossas mentes e corações ainda enfraquecidos pelo pecado e dominados pelo egoísmo que traz consigo pensamentos, desejos e vontades que não condizem com vontade perfeita e santa de Deus.
Estamos diante de um quadro aterrador. Estamos vivendo tempos em que desobedecer a Deus ao que parece se tornou moda e cada um que desobedeça mais que o outro, só que no final não existirá aquele que pecou mais ou menos que o outro, só o que haverá é a recompensa por tais atos que nos é ensinada na epístola de Paulo aos romanos: “pois o salário do pecado é a morte...” (Rm 6.23). Diante disso nos perguntamos: “Por que fazemos isso?” “Sabemos que estamos errados, mas então como é que cometemos tais atos e agimos dessa forma?” A resposta pode nos parecer muita dura e cruel, mas é verdadeira: “temos a Cristo apenas como Salvador de nossas miseráveis vidas, todavia não o temos como Senhor!” Pensamos que podemos viver a torto e a direita, ao nosso bel prazer, contudo as Escrituras nos ensinam uma verdade irrevogável e eterna: “Alegre-se jovem na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da tua juventude. Siga por onde o seu coração mandar; até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará julgamento” (Ec 11.9). Por isso que os que se professam cristãos e servos do Deus Altíssimo tem que entender e aceitar o senhorio soberano de Cristo sobre suas vidas e ministérios.  Cristo é o justo juiz e nos deu algo precioso (nossas vidas e ministérios) para que cuidemos com zelo e amor, e que essa dádiva é algo que deve ser usufruído para a honra e glória Dele, pois como nos ensinam os puritanos ingleses o fim principal de todo homem é glorificar a Deus e gozá-lo para todo o sempre. E como Ele é o justo juiz e Nele não existe injustiça, ele poderia muito bem nos deixar perecer no inferno eternamente, mas por causa de sua irresistível graça Ele enviou o seu Filho Eterno para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. A bem da verdade é que estamos distantes de Deus, e se antes de Ele nos salvar merecíamos o inferno, será que agora merecemos algo diferente? Claro que não! Não temos nada em nós que atraia a graça do Senhor, pois se tivéssemos a graça já não seria graça! Devemos nos lembrar das palavras de Cristo aos mestres da lei e fariseus de que eles não passavam de sepulcros caiados, ostentamos uma retidão que não existe, podemos parecer retos e íntegros por fora, mas nossas mentes e coração estão imundos e carregados de toda sorte de podridão e pecados, não somos melhores do que os mestres e fariseus que foram advertidos por Jesus.
O certo é que por estarmos distantes de Deus definhamos por causa de nossa natureza ainda pecaminosa, e de certo modo é que procuramos a quem culpar, mas cegos que estamos pela nossa hipocrisia não queremos abrir os nossos olhos para enxergarmos que o erro está em nós e em nossas atitudes erronias que nos desviam completamente da vontade de Deus, mas dessa forma por conta de nosso comportamento tortuoso pergunto-me: “Qual o significado da morte de Jesus para nossas vidas?” Mesmo depois de salvos continuamos distantes de Deus e continuamos a cometer os mesmos erros e até piores de antes de sermos salvos, se é que somos realmente salvos! Infelizmente a resposta fria para a pergunta feita acima é que na realidade estamos tratando o sacrifício de Cristo com menosprezo. Seu sacrifício se tornou nosso escape para justificarmos nossas práticas pecaminosas e assim nos afundamos cada vez mais no abismo do pecado e nos distanciamos de Deus e de sua vontade soberana.
Não podemos tratar o sacrifício de Cristo como uma moeda que varia de valor de acordo com o “mercado de pecado”, pois vivemos numa onda de pecados e pedidos de perdão que embotam nossas vidas e fazem com que Cristo fique a nossa mercê esperando o nosso próximo pecado para perdoá-lo. Vivemos como cegos imersos em nossa arrogância e não enxergamos que mesmo que o amor de Deus seja incondicional, ele espera “daqueles” que se dizem servos seus, respeito, amor, fé, reverência e acima de tudo obediência a esse incondicional amor! Amor esse que em sua soberana graça nos escolheu e que nos perdoou e nos predestinou para vivermos em santidade e em irrepreensibilidade diante de Deus e dos homens, mas enquanto  estivermos distantes de Deus isso não é possível!
Portanto, atentemos para a exortação do profeta Joel: “Agora, porém, declara o Senhor, ‘voltem-se para mim de todo o coração com jejum, lamento e pranto’. Rasguem o vosso coração e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, o seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor arrepende-se e não envia a desgraça”. (Jl 2.12-13).

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!

Soli Deo Gloria!!!

Joel da Silva Pereira


sábado, maio 04, 2013

Culto Racional?!



 
Em 1517, o monge alemão Martinho Lutero lutou contra a imoralidade da igreja medieval, contra a depravação do clero e toda sorte de atos imundos que eram praticados que eram praticados “em nome de Deus”. As celebrações eram odiosas, pois a Bíblia (a qual só o clero e os de famílias abastadas tinham acesso) era ensinada de maneira torpe e vã com intuito de justificarem todas as abominações praticadas pela igreja medieval. Nesse contexto onde as Sagradas Escrituras eram deturpadas de maneira vil, Martinho Lutero inconformado com tão horrenda situação afixa nos portais da catedral de Wittenberg as suas famosas 95 teses dando inicio a Reforma Protestante. Nunca foi propósito de Lutero causar a divisão da igreja medieval. O que ele tencionava era que a igreja se reformasse voltando às Sagradas Escrituras e assim ensinar que a Bíblia Sagrada é a única regra de fé e prática, ou seja, Lutero queria que a igreja medieval se portasse como a verdadeira igreja, a noiva imaculada do Cordeiro de Deus.

Assim, como foi nos dias de Lutero, hoje a verdadeira igreja é uma sombra de do que deveria realmente ser! A igreja deve viver a verdade de que a Bíblia é a única regra de fé e prática. A verdadeira igreja deve prestar um culto reverente e dedicado inteiramente à glória de Deus.  Contudo, o que vemos é uma total irreverência para com Deus e sua glória.

O culto hoje se tornou um ridículo show onde o homem á personagem principal. Tudo o que é feito no culto é para o prazer e a satisfação da depravada, pecaminosa e morta vontade deste homem, que está tão envaidecido e cheio de orgulho e arrogância que não se dá conta de que está morto em seus delitos e pecados.

Outra abominação que assola o cristianismo hoje é que a verdadeira igreja tem seu tamanho medido físico e numericamente, uma vez que o que interessa é o crescimento quantitativo e que par alcançar esse inchaço os líderes lançam mão de tudo que é estratégia, inclusive transformar o culto, que deveria ser em honra a Cristo, em um espetáculo ridículo. E também cometem os mais perigosos dos erros. Deturpam a sã doutrina! Digo que a deturpação da sã doutrina é o mais perigoso de todos os erros porque uma vez que o evangelho da graça de Cristo é pregado de maneira torpe, todas as demais partes da liturgia do culto são distorcidas e vis, e assim não atribuem glória e honra a Deus! Com essa distorção litúrgica honrar, glorificar e louvar a Deus não é mais o objetivo dos cultos hoje; a parte da oração do Senhor: “... seja feita a tua vontade assim na terra como nos céus” só tem valia para Cristo e apenas em agonia no jardim do Getsêmani, e não para o homem que hoje é a figura central dos cultos.

O culto hoje, de acordo como reverendo Kenneth Wieske, “é um conjunto de pessoas assistindo outras fazerem apresentações; é alguma coisa horizontal entre as pessoas que não têm reverencia, e que entram e saem porque já ouviram certos testemunhos por várias vezes. O povo não está na presença de Deus, estão sempre buscando manifestações e sinais”. A verdadeira igreja “adora a Deus em espírito e em verdade” (Jo 4.24) e ela tem noção de que tudo “deve ser feito com decência e ordem” (I Co 14.40), inclusive e acima de tudo, o culto em honra a Cristo.

A igreja que verdadeiramente segue a Deus e crê piamente em sua rica e bendita Palavra não busca sinais, nem adora ao homem morto em seus delitos e pecados. Não busca coisas que impressionam, mas sim busca acima de tudo a Deus. Jesus advertiu os fariseus e mestres da lei: “uma geração má e perversa busca sinais”. Tal advertência se aplica plena e completamente a igreja hodierna, pois se nos cultos não acontecem “manifestações espirituais” o povo não sente a “presença de Deus” e nem se convence pela autenticidade e veracidade da exposição da Palavra de Deus!

A verdadeira igreja deve buscar a Deus para que possa crescer na graça e no conhecimento do Senhor; crescimento espiritual e amadurecimento em Cristo! “Será que estamos crescendo dessa forma?” “Será que nos cultos aprendemos que temos que manifestar o amor de Cristo em nossas vidas?” As respostas para essas perguntas nós encontramos em um único lugar: A Palavra de Deus. Temos de retornar sempre à Palavra de Deus – Reformando, sempre se reformando!


Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude para que possamos lhe prestar um culto racional no qual apresentemos os nossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Ele segundo suas ricas misericórdias (Rm 12.1).


Soli Deo Gloria!!!


Joel da Silva Pereira