quarta-feira, dezembro 28, 2011

Uma Oração Puritana!!!


Não é de hoje que tenho uma admiração pelos Puritanos. Os puritanos foram escarnecidos pelo seu modo de vida diferente e totalmente separado daquilo que não agradava a Deus.Não estou dizendo de maneira alguma que eles eram perfeitos,pelo contrário, estou dizendo que eram imperfeitos, e que mesmo em meio a sua imperfeição eles dedicaram suas vidas a uma submissão plena a Deus. Uma submissão que nos parece impossível nos dias de hoje por conta da distância que há entre nós e Deus, distância essa causada pela nossa insubordinação à sua Palavra e acima de tudo por conta da nossa falta de consciência. Nos falta uma verdadeira consciência da nossa pecaminosidade. Estamos tão ocupados em parecermos cristãos que esquecemos de ser verdadeiros seguidores de Cristo. Os puritanos ao contrário de nós não viviam essa dualidade nefasta. Eles eram realmente o que aparentavam ser, ou seja, eram cristãos autênticos e não viviam se escondendo sobre máscaras como a maioria de nós hoje, que pousamos de piedosos nos templos e fora deles somos a expressão plena da falsidade.Nas palavras de J.I. Paker: "somos anões espirituais. Os puritanos, em contraste eram gigantes." Eles eram gigantes porque ao contrário de nós eles não tinham Cristo apenas como Salvador de suas vidas,mas como o seu Verdadeiro Senhor. Hoje é muito fácil dizer que Jesus é o salvador de nossas vidas quero ver dizermos que Ele é o supremo e único Senhor de nossas vidas...quanta hipocrisia de nossa parte!!Que possamos olhar para a história dos puritanos e tê-los como um grupo de cristãos piedosos que serviam a Deus sem reservas e com amor incondicional...para encerrarmos por agora esse pequeno relato sobre os puritanos deixo aqui registrado uma oração feita por um puritano piedoso...UM CLAMOR POR LIBERTAÇÃO...UMA ORAÇÃO PURITANA

PAI CELESTIAL,
Salva-me completamente do pecado.
Sei que não sou justo por minha própria justiça,
 mas almejo e anseio ser semelhante a ti;
Sou teu filho e devo espelhar tua imagem,
Capacita-me a reconhecer minha morte para o pecado;
A estar surdo para os seus apelos, quando ele me tenta.
Livra-me do ataque e do domínio do pecado.
Concede que eu possa andar como Cristo andou,
     viver na novidade de sua vida,
     a vida de amor, a vida de fé,
     a vida de santidade.
Aborreço meu corpo de morte,
 sua indolência, inveja, maldade, orgulho.
Perdoa, e extermina tais vícios,
 tem misericórdia da minha incredulidade,
         do meu coração corrupto e vacilante.
Quando tuas bençãos me sobrevêm, começo a idolatrá-las,
e ponho minha afeição em qualquer objeto querido —
 filhos, amigos, riqueza, honra;
Purifica-me deste adultério e concede-me castidade espiritual;
 lacra meu coração para tudo que não tu mesmo.
O pecado é meu grande mal;
Que tua vitória sobre ele seja clara à minha consciência,
 e visível em minha vida.
Ajuda-me a ser sempre devoto, confiante, obediente, resignado,
      confiando em ti como uma criança em seu pai,
      a amar a ti com alma, corpo, mente, força,
      a amar o meu próximo como a mim mesmo,
      a escapar do temperamento pecaminoso, pensamentos críticos,
palavras difamadoras, maldades, descortezias,
      instrui minha língua e vela à porta dos meus lábios.
Enche-me diariamente com graça,
 para que minha vida seja um mar de água doce.

Que possamos orar dessa forma a partir de hoje.Com essa humildade,sinceridade e espiritualidade!!!

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!

Soli Deo Gloria!!!

Joel da Silva Pereira


Tradução: Márcio Santana Sobrinho
Extraído de: The Valley of Vision:
A Collection of Puritan Prayers & Devotions,
editado por Arthur Bennett, p.92 

A oração foi extraída do www.monergismo.com (Apenas a oração)

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Então é Natal???

Não existe nenhuma informação na Bíblia sobre a data do nascimento de Jesus. Mesmo em fontes históricas insuspeitas, não há elementos suficientes para que se possa fixar o dia e o mês do nascimento de Cristo.
John Davis declarou que a data de 25 de dezembro para o nascimento de Cristo começou no Séc. IV, sem autoridade que a justificasse.
O Manual Bíblico de Halley confirma o que John Davis afirmou, e diz ainda mais: 'No oriente, era o dia 06 de janeiro. O fato de se agasalharem os pastores com o seu rebanho ao ar livre da primavera ao outono, e não no inverno, sugere que Jesus não podia nascer nesta estação fria.
A Enciclopédia Britânica diz ser inviável a data de 25 de dezembro para o nascimento de Jesus, e também afirma: "As igrejas orientais fixaram-se no dia 6 de janeiro e acusaram os ocidentais por celebrarem o natal no dia 25 de dezembro, mas no fim do 4º século, o dia 25 de dezembro também foi adotado no Oriente."
Alguns estudiosos da Palestina são unânimes em afirmar que o nascimento de Cristo não podia ter sido em 25 de dezembro, pelo fato dos pastores estarem pernoitando no campo com seus rebanhos. Para eles, o nascimento de Cristo foi no mês de abril ou em outubro.
Aproximadamente em 336, o imperador romano Constantino decretou o império romano oficialmente cristão com pequenos focos de resistência de diversas correntes. O império era uma caldeira prestes a explodir, muitos fizeram a comemoração debaixo da opressão do império, muitos morreram neste contexto, como então agradar estas diversas correntes?  Cedendo a todos e fazendo a miscelânea de crenças que temos hoje como natal, agradou-se aos cristãos dizendo que a festa era válida porque Jesus havia nascido nela, e agradava-se aos pagãos dizendo que a festa era permitida. Foi uma questão mais política do que de fé da parte do Imperador. 
Como vemos o Natal é uma data cercada por uma aura mística que não a torna uma festa oficialmente bíblica.
Mas por que data-se o nascimento de Cristo no dia 25 de Dezembro? A festa mitráica (religião persa que rivalizava com o cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o Natalis Invicti Solis (Nascimento do Vitorioso Sol) e várias outras festividades decorrentes do solstício de inverno, como a saturnalia de Roma e os cultos solares entre os celtas e germânicos. A idéia central das missas de natal revela claramente essa origem - As noites eram bem longas e frias, pelo que em todos esses ritos, se ofereciam sacrifícios propiciatórios e se suplicava pelo retorno da luz. O paganismo insinua que "Maria" foi fecundada pelo "espírito" no dia 24 para 25 de março, de 24 para 25 de dezembro nasceu o que eles chamam de Jesus. Mas essa história tem sua origem na mitologia onde Íris e Osíris (deuses principais do panteão egípcio) tiveram a mesma experiência espiritual. O retrato espiritual é o de um menino que é filho dos deuses, que nasceu em 25 de dezembro, mais este não é o filho de Deus, não é o Jesus bíblico, o Jesus que nós conhecemos. Eles têm Jesus como o deus sol, um absurdo pagão. As antigas civilizações egípcias influenciaram muitas culturas com esta ideologia do deus sol e vários outros deuses que tem paridade com deuses sumérios, gregos, romanos, hindus e nórdicos, a festa acontecia em dezembro, um mês de inverno era a festa pagã mais celebrada. Eles ficavam esperando a chegada do sol e, pelo ritual, no dia 24, no oriente o sol se abriria, e então, poderia haver a celebração porque o deus sol havia se manifestado. Roma adota esta data esperada pelos pagãos, para o nascimento de Jesus; declarou que o natal seria na viração do dia 24 para o dia 25. O imperador Aureliano estabeleceu em 275 que todos os fiéis e não fiéis, obrigatoriamente comemorassem o natal na data que foi estabelecida pelas autoridades romanas, oficializada em 336 pelo imperador Constantino, aquele que declarou o Império como oficialmente cristão.  
A data verdadeira do nascimento de Cristo é desconhecida, mais uma coisa é quase unânime, Jesus nasceu no contexto de uma festa de Sucot (tabernáculos) meados de setembro/ outubro, alguns estudiosos dizem junho/ julho, mais nunca, em nenhuma hipótese em dezembro. Quem conhece Israel sabe que dezembro é um mês de inverno rigoroso naquela região, ninguém ficava exposto ao tempo, em Lucas 2.8 diz que os pastores estavam no campo. Os pastores não ficariam no campo numa noite de inverno, onde as temperaturas são abaixo de zero, no início de novembro os pastores já não vão mais ao campo porque já é declarado o inverno.
Nas palavras do Dr. Shedd acerca do texto de Levítico 23.34:  "Esta primeira descrição da festa dos tabernáculos, versículos 34, 35, nos indica também o primeiro cumprimento no seu significado: é a vinda do Senhor Jesus Cristo para morar entre os homens. Pois Jesus não podia ter nascido em dezembro, que é mês de neve em Jerusalém, durante o qual nenhum rebanho estaria nos campos (Lucas 2.8-11). Que, provavelmente, nasceu na época da Festa dos Tabernáculos, em outubro, pode ser calculado assim: Zacarias exercia seu turno em julho (Lc. 1.5-8), por ser do turno de Abias, o oitavo turno do ano eclesiástico que começava em março (I Cr. 24.10). Foi o mês da concepção de João Batista, (Lc. 1.23,24) que nasceu, pois, em abril do ano seguinte. Jesus nasceu seis meses depois, Lc. 1.26, portanto em plena Festa dos Tabernáculos.”
O nosso verdadeiro natal ocorre em nossas vidas no momento em que o Espírito Santo nos convence da justiça, do juízo e do pecado e dessa forma nos vivificando em Cristo Jesus. O nosso natal é para celebrar a vida verdadeira que pela graça Jesus nos concede estando nós mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1).
Essa deve ser a nossa celebração natalina e não essa festa pagã a qual somos obrigados a engolir por conta de uma cultura depravada e mística que ainda insiste em querer que nos amoldemos a ela, e o pior há muitos que se dizem cristãos que se submetem a essa influência depravada e celebram tal qual essa festa de contexto pagão.
“Se, pois, o Filho do homem vos libertar, verdadeiramente sois livres!” (Jo 8.36)

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!

Soli Deo Gloria!!

Joel da Silva Pereira

terça-feira, dezembro 13, 2011

Prega a Palavra!!!!

 “Prega a Palavra, insta quer seja oportuno, quer não...” (II Tm 4.2), essa assertiva do apóstolo Paulo parece que não ressoa mais nos ouvidos da maioria dos pregadores contemporâneos. O pior é que isso é apenas a ponta desse gignatesco iceberg que hoje existe no meio cristão. Nossa cultura e a igreja quase que em sua maioria não busca mais as verdades fidedignas do evangelho da graça de Cristo, isso vem a confirmar as palavras do apóstolo Paulo: “como ouvirão se não há quem pregue?” (Rm 10.14c)
Brian Chapell nos diz que, “as riquezas da palavra de Deus não são tesouros privativos de ninguém, e quando compartilhamos esses valores estamos participando de seus mais elevados propósitos.” Contudo, hoje são poucos os que partilham com fidelidade esses tão preciosos tesouros insondáveis. A pregação vem a passos largos sendo deturpada, tolhida e perdendo o seu lugar de destaque e seu real valor. Ao que parece não há mais vida nos púlpitos, pois o cerimonialismo e o experencialismo ocupam o lugar primordial no culto, e são perseguidos pelas pessoas como se fossem a coisa mais preciosa que existe, quando o que deveria ser almejado mais que tudo é a palavra de Deus.
A pregação enfraqueceu muito devido a essa perda de foco. E o mais terrível é que vemos poucos se mobilizando para mudar esse terrível quadro, o que dá origem a uma geração torpe e mimada, que busca apenas a realização dos seus mais egoístas desejos por meio de uma fé torpe gerada por uma pregação depravada da palavra de Deus.
Numa geração mimada com fome insaciável por milagres a pregação perde seu espaço, porque foi inculcado na mente e nos corações das pessoas que a tarefa primordial é curá-las física e psicologicamente, atender a seus caprichos e ambições egoístas para que assim elas se sintam realizadas e felizes, e para uma tristeza ainda maior alguns pregadores estão adequando à pregação da palavra de modo que atendam as expectativas de seus ouvintes, e isso tudo é feito propositalmente. A humanidade está se esquecendo que a infelicidade, a miséria, as enfermidades e tudo mais que a assola, são apenas sintomas da verdadeira doença, a saber, o pecado. O homem é um rebelde aos olhos de Deus e com consequência disso a ira de Deus está sobre ele.
A pregação nos nossos dias além de ter o tempo reduzido também perdeu o foco bíblico, que revela a real condição do homem: “morto em delitos e pecados” (Ef 2.1), ou seja, morto e separado plenamente de Deus (Ef 4.8) e do seu reino. O príncipe deste século cegou o entendimento da humanidade (II Co 4.3a). A humanidade não consegue enxergar e muito menos compreender a verdade de Deus, e ainda mais difícil será se a igreja, como vem acontecendo, esconder-lhe a verdade sobre a situação em que se encontra, usando o tempo precioso do culto para entreter-lhe, massagear o seu já tão inflado ego. Essa pregação deturpada do evangelho que só garante as promessas de Deus, esquece de mostrar o lado duro e seco do evangelho que leva o homem ao mais profundo abismo por conta das lutas e provações que encerram a vida cristã.
Portanto quando atentamos para a real necessidade da humanidade e também a real natureza da salvação revelada na Bíblia, chegamos à conclusão de que a tarefa primordial da igreja é pregar e anunciar a verdade do evangelho da graça de Cristo, expondo a verdadeira necessidade do ser humano e lhe mostrar o único remédio para a sua real e principal enfermidade, o pecado.
A igreja tem a responsabilidade de informar a humanidade da sua real condição e o único meio possível de essa situação pode ser mudada, a saber, Jesus Cristo. Mas, isso só é possível mediante uma pregação expositiva e saudável do evangelho da graça de Cristo, porque só dessa forma a humanidade será levada a perceber pelo o agir gracioso do Santo Espírito de Deus que “nada está bem” como querem que pense os pregadores falsos que deturpam a pregação da palavra expondo a humanidade a um falso senso de segurança e felicidade plena, quando ela está condenada ao inferno. Essa é a triste realidade da humanidade e ela piora ainda mais porque a igreja não tem cumprido com a sua tarefa de denunciar o pecado e anunciar as boas novas de salvação.
Os nossos templos estão inchando cada vez mais por causa da proliferação do joio oriunda da fraca e deturpada pregação da palavra de Deus. Já não há (ao que parece) mais uma preocupação efetiva com aquilo que Deus quer que escutemos através da exposição de sua santa palavra, mas sim com aquilo que os “cristãos” querem ouvir.
Como nos lega o puritano John Lightfoot: “O fundamento da verdadeira Igreja de Deus é a Escritura!”. Com estamos longe dessa verdade.

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!

Sola Scriptura!!!!

Soli Deo Gloria!!!

Joel da Silva Pereira
Sonaly Soares