sábado, abril 28, 2012

Morte,Frutos e Vida!!!


Para que uma semente vingue é necessário que ela sofra consideráveis mudanças. A mesma realidade pode ser aplicada à igreja. Para que a igreja frutifique e cresça é necessário um morrer diário, ela precisa viver o morrer de Cristo todos os dias, o tempo todo, mas, como isso é possível se somos uma geração que se recusa a morrer? Como podemos frutificar, se nossa geração não traz mais em seu viver as marcas profundas do morrer de Cristo?
Além de querer ser uma geração que frutifique; é preciso refletir: que tipo de frutos estamos produzindo?
É certo que mediante a tantos bombardeios que a igreja do Senhor recebe hoje, a possibilidade e a ocorrência de maus frutos, esta tem se tornando uma rotina, logo concluímos que se: “uma maçã podre apodrece o cesto” e o fruto podre tem também sementes, mas, estas acabam por não ter nenhum valor; novamente surge uma indagação: “para quê serve uma semente que gera maus frutos?”.
Ao falar sobre o sal da terra (Mt 5.13), Jesus diz que se o sal perder o seu sabor “para nada mais serve, a não ser para ser lançado fora e pisado pelos homens”.
Uma semente má ao ser lançada, por certo ela germinará, e esta gerará em consequência maus frutos. Não cabe a nenhum de nós julgarmos a capacidade de frutificação de cada um, não cabe a nós ignorarmos árvores que geram maus frutos, mas, cabe a nós não deixarmos que tais frutos não se proliferem no jardim de Deus a ponto de termos um pomar contaminado, afinal está escrito nas Santas Letras: “pelos frutos os conhecereis”. Mas, como podemos frutificar se não reconhecemos e nem vivemos mais o MORRER DE CRISTO?
O morrer de Cristo (II Co 4.10-12), algo que é tão lindo, magnífico e sublime, não é visto como algo aceitável por nossa geração, pois, muitos o veem como sinal de derrota e vergonha. Somos uma geração corrompida, que esqueceu que o morrer de Cristo é o motivo pelo qual hoje podemos celebrar a vida, e não é qualquer vida, é vida em abundância.
Contudo, o morrer de Cristo, longe de significar vida e vitória à sua Igreja, significa hoje, vergonha, tristeza e derrota. O sacrifício vicário do Cordeiro que nos resgatou do inferno é menosprezado e substituído pelos bezerros de ouro mo mundo moderno, a saber, a bênção, a vitória, o triunfo. Doutrinas de um evangelho maquiado que ensina que o TER é mais importante e vital do que o SER.
Os reformadores e puritanos (tantas vezes já citados aqui neste blog) entendiam que esse morrer era a vida deles. Eles se consumiam pelo morrer de Cristo, para eles nada era mais sublime e digno do que o sacrifício do Cordeiro de Deus. Eles sim entendiam que o morrer de Cristo era na verdade o viver daqueles que foram comprados pelo derramar do seu precioso sangue.
Como uma geração que tem vergonha do morrer de Cristo pode fazer a diferença em um mundo que jaz no maligno?
O convite à morte em Cristo Jesus é um convite à vida plena e abundante. Uma vida que nos faz gerar bons frutos, se assim não for, inútil será falar de algo que não vivemos. Mediante todo este pensamento, podemos recorrer às palavras do Pr. Paulo César do grupo Logos, e assim levantarmos mais um questionamento: “Pra que servimos nós?” Acreditamos que quando enfim respondermos essa questão a igreja não mais será digna de habitar a terra. Assim certos de que por mais que façamos algo em prol do Reino de Deus, não iremos passar de servos inúteis. Que nossas vidas evidenciem diariamente o morrer de Jesus e que reflitam aquilo que as Sagradas Escrituras ensinam e exortam: “Não fostes vós que me escolhestes a mim, pelo contrário, eu que vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo 15.16). Só dessa forma, evidenciando o morrer de Cristo em nossas vidas e que produziremos frutos dignos de arrependimento e assim o santíssimo evangelho da graça de Cristo é glorificado.

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!

Soli Deo Gloria!!!

Betânia Borges Cunha
Joel da Silva Pereira






sábado, abril 21, 2012

Quem tem ouvidos ouça!!!


 
Falar em negligencia nas nossas igrejas, acaba por ferir o ego de uma geração mimada e conformada com um evangelho maquiado e deturpado que se prega hoje. Um evangelho que não se centra mais na MENSAGEM DA CRUZ; o foco hoje é o homem, que tudo pode em si mesmo! O que mais nos chama a atenção é que a Bíblia nos exorta claramente a não nos conformarmos com este mundo (Rm 12.2). Somos alertados incessantemente pelas Escrituras Sagradas a não negligenciar a Deus e nem a sua rica e bendita palavra.
Contudo, tocar neste assunto hoje em dia é ser radical, fundamentalista entre outros adjetivos que se possa utilizar. Aqueles que foram chamados para ministrar a Santa Palavra de Deus, hoje infelizmente estão se acovardando ante a multidão intimidadora, que precisa ter o seu ego amaciado, não se conforma em aceitar escutar o que Deus quer falar pelo seu Santo Espírito e por sua vontade.
Pregar a palavra de Deus é uma honra sem igual. Os púlpitos hoje precisam de homens que preguem verdadeiramente a Bíblia. Mas, não é isto que temos visto. O incrível legado deixado pelos reformadores, o SOLA SCRIPTURA, e que foi grandemente defendido com ferrenha dedicação e amor pelos puritanos, vem sendo abandonado a passos largos. Os púlpitos têm sido ocupados por charlatões que vendem seus ministérios por menos que trinta moedas de prata. Mas ainda temos remanescentes fieis e por ele devemos ser gratos, pois se mantém de pé defendendo a bandeira do evangelho, acima do ego humano, acima das vontades carnais e se rendendo a vontade soberana do Espírito Santo, a verdadeira mensagem do evangelho.
No artigo anterior falamos sobre à negligencia vivenciada na nossa geração, mas, essa é uma definição limitada, pois, pelo cristianismo que não temos vivido, somos mesmo uma geração sem compromisso. Por essa negligencia sofre o evangelho, sofre o cristianismo verdadeiro; por isso vemos a disseminação de ventos de doutrinas contrários as Sagradas Escrituras e que grassa o meio cristão e iludem a tantos que deveriam ser alimentados e guiados pelos seus líderes que não cumprem cabalmente seus ministérios.
Insisto em dizer que nossa geração deve resgatar o legado da igreja primitiva, não que ela seja a mais perfeita na história do cristianismo, mas, que mesmo em suas imperfeições eles se dedicavam a Deus sem reservas e com um amor verdadeiro, qualidades que nos faltam hoje.
Sustentando esta raiz os puritanos, continuaram e persistiram, mas infelizmente estamos derrubando séculos e séculos de firmeza cristã, a fim de convergir à realidade do evangelho ao nosso bel prazer; estes homens e mulheres, quando conscientes de suas vocações se empenhavam com todas as suas forças para desempenhá-las, pois, eles tinham em seus corações a certeza de que suas vidas deveriam ser gastas inteiramente para a glória de Deus.
Falta a nossa geração esse senso de compromisso que antes ardia no peito de cada cristão. O centro da vida de cada crente era Jesus e isso os fazia viver de tal forma que sua vida em todos os seus aspectos glorificassem a Ele; quando se tratava de amor as Escrituras eles nos excedem e muito, pois eles tinham um zelo extremo por ela.
Nossa falta de compromisso beira o absurdo, pois, só fazemos algo para Deus barganhando recompensas frívolas. Estamos preocupados mais em receber do que em dar.  Temos a visão de um Deus, que apenas está ali para nos abençoar. Mas, podemos ainda fazer diferença nessa geração, sejamos remanescentes fiéis, podemos defender acima de tudo o evangelho da cruz.
Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!
Soli Deos Gloria!!!

Betânia Borges Cunha
Joel da Silva Pereira

sexta-feira, abril 13, 2012

Uma Geração Negligente!!!

Negligência, um mal frequente e horrendo. Os cristãos estão vivendo num terrível estado de negligência. Somos uma geração negligente. Negligenciamos a Palavra de Deus, a oração, o culto, a adoração, a vida de santidade, e evangelho e até o próprio Jesus. Bastava citar apenas a negligência para com a Palavra de Deus, pois se a negligenciamos tudo o mais é negligenciado. Por outro lado aquilo que mais deveríamos negligenciar o abraçamos calorosamente como a um amigo íntimo, a saber, o mundanismo.
O que seria da nossa geração se os discípulos de Jesus, dos quais nos proclamamos sucessores, tivessem agido de forma negligente (negligentes na fé, no proclamar das verdades do evangelho da graça de Cristo)? Resposta: “Não poderíamos nos chamar de cristãos!”
Não podemos negligenciar a Palavra de Deus! Ela é o nosso único guia de fé e prática. Nela encontramos as palavras de vida eterna e testemunho acerca de Jesus (Jo 5.39). O que é proclamado na maioria dos púlpitos hoje é tudo menos a genuína Palavra de Deus. Se Lutero vivesse em nossos dias talvez ele tivesse que afixar novamente as suas 95 teses e promulgar uma nova reforma ante ao descaso e a negligência dos cristãos. Os pais da igreja, os reformadores, os puritanos resgataram e propagaram o estudo sistemático da Palavra de Deus em suas igrejas e isso gerou uma sede tal que a busca por Deus em sua própria palavra pela iluminação do Espírito Santo gerou profunda convicção de pecado e arrependimento genuíno, mas isso só foi possível porque o Sola Scriptura defendido por eles, foi um retorno às Sagradas Escrituras e isso gerou uma renovação espiritual que os fez enxergar o quanto aquela geração estava distante de Deus. Essa é carência hoje de nossa geração. Não somos uma geração que ama as Escrituras como se deveria, e isso também se dá pelo fato de termos uma liderança que é omissa no estudo das Escrituras e nos púlpitos não pregam as verdades do evangelho da graça de Cristo e sim arremedo de verdades. E. M. Bounds disse: “Homens mortos pregam sermões mortos, e sermões mortos matam”, tais homens estão produzindo uma geração negligente cujo fim é a morte.
Nossa geração por conta de sua negligência para com as Escrituras desconhece o inestimável valor dos momentos de oração. A oração é algo tão sério e indispensável que os discípulos pediram a Jesus: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11.1), e também o apóstolo Paulo atentou para essa necessidade da vida prática e exortou também aos seus leitores a orarem sem cessar (I Ts 5.17), essa exortação não mais arde em nossos corações. Na história da igreja temos os grandes avivamentos. Os avivamentos irromperam porque aquela geração não negligenciava a vida de oração e acima de tudo não negligenciava as Sagradas Escrituras. Um exemplo dessa não negligência vem dos morávios. Um povo, que amava a Deus e a sua palavra e, que promoveu algo nunca visto na história do mundo. Os morávios oraram durante um século ininterruptamente, e o resultado foi extraordinário, algo plenamente divino com uma colheita incrível de almas para honra e louvor da glória de Deus e quantas vidas foram influenciadas por Deus através desses joelhos que se dobraram durante um século inteiro, mas hoje pra nossa passar dez minutos de joelhos causa incomodo e pela teologia pregada não é algo digno de um filho de Deus. Contudo, ainda há 7000 que não se dobraram a baal, mas mesmo assim somos uma geração negligente.
Negligenciamos e deturpamos a fé em Cristo. Nossa fé não é mais uma fé salvifíca, mas sim um meio pelo qual nossa geração decreta, determina e declara que o ouro e a prata que a Bíblia deixa clara serem de propriedade exclusiva de Deus (Ag 2.8) nos pertencem. A fé agora é moeda de troca. As Escrituras nos ensinam que a fé é dom do Espírito de Deus (I Co 12.9) e assim vemos a total inversão de valores. Isso se dá devido ao alto grau de nossa negligência para com Deus e sua palavra.
Os reformadores pregaram: Sola Fide. Todavia, hoje para muitos ter fé é apenas uma aceitação mental de algumas doutrinas cristãs, e tem uma conotação ainda mais deturpada e nociva, pois hoje se alastra em nosso meio a heresia de que a nossa fé pode obrigar a Deus a satisfazer os nossos desejos e nossas ambições pessoais independente da vontade soberana Dele. Esquecemos-nos que até a fé que temos é algo que Deus nos concede imerecidamente. Somos uma geração negligente.
Nossa negligencia beira o absurdo. Negligenciamos o Espírito Santo de Deus. Acreditamos que podemos realizar a obra de Deus pela força de nossas mãos, ledo engano. Se os puritanos foram os gigantes espirituais que J. I. Packer nos conta em sua obra Entre os Gigantes de Deus, se deve ao fato deles não terem negligenciado o Espírito Santo. Eles norteavam suas vidas seguindo sempre a direção soberana do Espírito Santo de Deus em todas as áreas de suas vidas. Isso faz deles exemplos de maturidade, e de nós uma geração medíocre. Isso os torna gigantes espirituais, e nós anões espirituais. O Espírito Santo é a promessa de Deus para a sua igreja (Jo 14.16). Outro consolador que daria força a igreja para que ela tivesse condições de cumprir a sua tão nobre e importante missão. Contudo para nossa geração o Espírito Santo é menos digno de confiança do que o homem morto em delitos e pecados (Ef 2.1) no qual essa geração prefere depositar sua fé.
Por conta da negligência para com a Palavra de Deus nos tornamos negligentes em todas as demais áreas de nossas vidas. Temos que lembrar que nossas vidas devem estar centradas nas Escrituras, pois sem isso nos tornamos pessoas sem vida e sem conteúdo.
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus...” (I Pe 1.9)...Como poderemos nos enquadrar nesse perfil estipulado pelo apóstolo Pedro se somos uma geração negligente?

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!

Soli Deo Gloria!!!

Joel da Silva Pereira

sexta-feira, abril 06, 2012

Semana Santa?

Por que os cristãos consideram a semana pascal como sendo uma “semana santa”? Se isso é verdade realmente, e a tal semana é mesmo santa, então as demais semanas do ano são o que? Se só esta semana é mesmo santa e dedicada a Deus, as outras que não são santas porventura são dedicadas ao Pecado?
A maioria dos indivíduos que se professam cristãos consentem com a tradição da igreja romana, de defender a semana pascal como sendo uma semana totalmente santa. A alma católica dos cristãos professos ainda os mantém presos às tradições, e com isso se entregam aos rituais romanos que são praticados na dita semana santa.
Os cristãos, ao que parece vivem uma dualidade, professam uma fé alicerçada em Cristo, mas, por outro lado se mantém presos às tradições romanas que ainda os influenciam.  No tocante a esse aspecto, os cristãos podem e devem aprender muito com os puritanos que consideravam suas vidas de uma maneira integral, ou seja, eles não faziam diferenciação entre a vida espiritual e a vida secular como fazem os cristãos de hoje. Os puritanos viviam o evangelho integralmente e suas vidas como um todo eram plenamente vividas pelo foco do verdadeiro evangelho da graça de Cristo. Toda a vida puritana era dedicada a Deus em todos os seus aspectos desde o mais simples ao mais nobre.
Seria benéfico que, nessa semana tida como santa, os cristãos aprendessem um pouco com os puritanos. Seus ensinamentos, sua devoção, sua dedicação exclusiva ao Senhor. Eles viviam tendo em seus corações que todas as semanas do ano eram santas e deveriam ser vividas e celebradas para honra e glória de Deus. Princípio este que deve ser guardado e vivenciado por todos nós.
Hoje muitas vezes, o sacrifício de Cristo só é lembrado e festejado durante o culto no qual a santa ceia é celebrada. E durante a semana tida como santa os cristãos pousam de amantes e defensores ardorosos do sacrifício de Cristo. O sacrifício vem sendo banalizado pouco a pouco e a única lembrança que os cristãos têm acerca dessa inestimável obra propiciatória não é nem o relato bíblico, e sim o filmes que relatam este sacrifício. Lamentável!
A paixão de Cristo hoje não passa de uma mera celebração ritualista. Algo que deveria arder diariamente no coração de cada cristão e estar nos púlpitos de cada igreja que se diz verdadeiramente cristã foi relegado a uma mera lembrança mensal. Contudo, a tradição romana ainda persiste em convencer os cristãos que a semana pascal é uma semana diferente e que merece uma atenção especial e com isso os cristãos vestem um “manto de santidade” inviolável que os tornam supercrentes, em semelhança aos judeus dos tempos de Jesus que ensinavam uma coisa e viviam outra. Quanta hipocrisia!
A celebração pascal se tornou um ritual hipócrita de homens e mulheres que honram a Deus apenas com os lábios, mas os seus corações estão distantes de Deus (Is 29.13). Precisamos abandonar rituais para vivenciar o verdadeiro evangelho, onde o centro é Cristo e não uma data comemorativa. Que todos os dias nos lembremos daquele sacrifício que nos deu a graça de receber o céu por herança, que todas as nossas semanas sejam santas, e conduzidas pela “Cruz de Cristo”, que em nosso cotidiano, nos dispamos das fardas de crente e vistamos as vestes de servos, assim como os puritanos nos santifiquemos de maneira integral, que não exista uma Semana Santa, que sejamos NÓS SANTOS...
Soli Deo Gloria!!!
Joel da Silva Pereira
Betânia Borges Cunha