quarta-feira, setembro 28, 2011

Marcas de Valor!!!!

O grupo Logos em uma de suas mais lindas canções, chamada Marcas de Valor, nos diz o seguinte: “Causa surpresa para muitos hoje em dia, Rever histórias que o tempo não levou Como os discípulos deixaram suas redes, O seu pão, a sua Vida e seguiram a Jesus, E muitos deles, certamente a maioria, Não tiveram vida boa, mas trocaram por melhor: Andaram perto do Senhor, Viram milagres de amor, deixaram marcas...” Ouvindo e meditando na letra dessa canção me pergunto: quais são as marcas que a nossa geração está deixando? Os discípulos renunciaram a tudo por amor a Jesus. Deixaram tudo por uma vida não muito fácil. Uma vida de privação! Uma vida e piedade, onde a única coisa que importava era o amor a Cristo. Renúncia é uma palavra que está sumida do vocabulário cristão atualmente! Com o advento de toda sorte de ventos de doutrinas, a vida de piedade e renúncia ensinada por Cristo e que sempre foi a marca principal do ministério dos apóstolos é cada vez mais escanteada e menos ensinada, ou seja, uma vida de piedade é algo em extinção!
Contudo, não precisamos voltar os olhos para a Bíblia para ver e entender a quão horrenda é a nossa falta de compromisso com o que nos foi legado. Onde estão os ensinos dos reformadores e dos pais da igreja. Os princípios da reforma defendidos com amor e devoção por Lutero e por tantos outros que vieram após ele. O que foi feito do legado de Calvino e dos puritanos ingleses que lutaram pela fé cristã com fervor, amor e com o seu próprio sangue? J. I. Packer fazendo uma comparação entre os cristãos atuais e os puritanos, escreveu: “Os Puritanos exemplificavam a maturidade; nós não. Somos anões espirituais. Os Puritanos em contraste,... eram gigantes.” Por isso que na continuação da letra da música que já citamos o Logos diz: “Iguais a eles são bem poucos hoje em dia Que andam realmente perto do Senhor Que, já libertos de seus vícios e pecados, vivem como perdoados Propagando a salvação São tais pessoas que são Fortes, sendo fracas E, por isso, deixam marcas para outros como eu...” Os apóstolos, os pais da igreja, os reformadores e os puritanos ingleses se enquadram nessa descrição da música, ou seja, são poucos mesmo que vivem perto do Senhor hoje em dia. A liberdade que Cristo nos oferece nos torna herdeiros de um legado maravilhoso, mas que estamos renunciando a este tão honroso legado em nome do nosso egoísmo e de nossa apatia. Não queremos sair da nossa zona de conforto para fazermos algo que não nos traga reconhecimento, mas eu me pergunto se assim não agirmos que legado deixaremos para os de nossa geração? Um legado de negligência, de desamor e de falta de compromisso com Deus e com a sua palavra!
Não podemos fechar os nossos olhos para as marcas de valor deixadas por Cristo, pelos seus discípulos, pelos pais da igreja, pelos reformadores e puritanos e por tantos outros que nos deixaram para que as seguíssemos ou estaremos assim jogando fora toda a nossa herança cristã. Negando a Cristo diante dos homens e com isso enlameando o bom evangelho da graça de Cristo. Nossa atitude tem que ser completamente oposta a essa. Temos que ter a atitude descrita na tão citada música: “Quero pisar sobre estas marcas de valor, Pagar o preço de alguém que se dispôs também A atender a mesma voz que hoje chama e diz: "Segue-me!” Contudo, será que em meio a esse conformismo letárgico no qual estamos mergulhados Deus encontrará corações que a exemplo dos apóstolos deixarão tudo para o seguirem? Será que estaremos dispotos a ir por onde quer que Cristo que nos envie? Será que estaremos dispostos a morrermos pelo legado que nos foi confiado a exemplo de Estêvão que foi apedrejado, de Pedro que foi decapitado e crucificado de ponta cabeça, de Tomé que foi esquartejado, teremos fé para tanto?
Citando uma vez mais a música do Logos, meu desejo e que façamos dela nossa oração para que acordemos e assim possamos entender a importância das marcas deixadas por Jesus e por todos que o seguiram e deram suas vidas por amor a Ele. Eis o que diz a letra da música: “E não importa o que eu tenha que deixar, Quero levar comigo minha tão pequena fé pra repartir por onde Deus me permitir andar Seu amor...
Que seja essa a oração dos nossos corações!! Que estejamos dispostos pela graça de Cristo a sairmos dessa apatia generalizada que se abateu sobre nossas igrejas!! Quais serão as marcas de valor que deixaremos para que a nossa geração saiba que erámos um povo de propriedade exclusiva de Deus, uma geração eleita, uma nação santa? Porque se assim não procedermos seremos aquele sal que pra nada serve, exceto ser jogado fora e ser pisado pelos homens!!

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!

Soli Deo Gloria!!!

Joel da Silva Pereira

Obs. O título desse artigo deriva da música do Grupo Logos de mesmo título!!!

sábado, setembro 17, 2011

Ponto de Partida!!!!

“As forças já me estão faltando para prosseguir e o meu caminho, mais dificil fica cada vez! O que eu achava que podia já não é o bastante...” Esse trecho da canção Ponto de Partida do Grupo Logos, nos fala muito acerca da nossa caminhada na vida cristã. Não somos invencíveis como nos julgamos ou como muitos nos julgam. Somos humanos e fracos, e passíveis de todas as formas de erros. Isso me faz lembrar a passagem bíblica do fariseu e do publicano que subiram ao templo para orar. Somos semelhantes àquele fariseu que em seu orgulho se sentia numa posição melhor que a do publicano. Contudo, quando as agruras dessa vida nos afligem, perdemos muitas vezes o rumo e nos encontramos numa situação para a qual não conseguimos achar uma saída que nos faça retomar o rumo e assim darmos prosseguimento a nossas vidas. Mas tudo isso ocorre porque a nossa confiança está depositada em nós mesmos e não Naquele que é o Autor e Consumador da nossa fé. Por isso que somos semelhantes ao fariseu orgulhoso e arrogante que se vale de seus próprios méritos para se apresentar diante de Deus como sendo merecedor de suas dadivosas bênçãos. Puro e tolo engano.
As agruras da vida não nos mandam sinais, scraps, sms ou publicam em nossos murais o dia e à hora em que baterão contra nós para nos afligir e nos mostrar quão frágeis e humanos nós somos. É nessa hora que as forças nos faltam e o nosso coração se mostra enganoso. Outro trecho da música supracitada nos diz o seguinte: “Sentindo o poder, fugindo-lhe por entre os dedos... não conseguindo mais guardar segredos... seu coração precisa de Jesus!” Isso nos coloca na situação que citamos acima. As agruras nos fazem, ou melhor, revela a nossa fragilidade real, nos mostrando que não é pela nossa própria força ou pelos nossos méritos que conseguiremos superar as adversidades que nos assolam, ou como dizemos que nos aperreiam.  Nessa hora, o nosso espírito farisaico se mostra inútil ante as adversidades, e assim pensamos: “estamos perdendo rumo, não sabemos onde nem como vamos parar!” Não há mais saída! Não tem mais jeito! Essa situação é sem solução! Pobres pecadores nós somos! Onde está àquela arrogância que nos fazia bater em nossos peitos e nos proclamarmos merecedores das benesses de Deus? O que o nosso orgulho pode fazer diante das adversidades da vida? Se Deus não intervier com sua soberana graça, o que nós fracos humanos podemos fazer em nossa débil força?
Em meio a essas agruras que nos afligem a ponto de nos fazer enfermar nos encontramos com uma pergunta que também está na letra da música tão já mencionada: “Será que vale a pena ainda prosseguir? Será que acharei pra vida ainda uma saída, que me coloque em ponto de partida, na direção pra que eu ache a paz?” Quando tudo em nossa vida está ao contrário, quando as feridas ao invés de cicatrizarem parecem doer ainda mais é nesse momento onde a nossa consciência nos mostra que o nosso enganoso e podre orgulho para nada serve, e que se não for o agir da graça soberana de Deus sucumbiremos ante as agruras da vida! Em meio a toda essa correnteza de situações adversas na qual somos arrastados nos esqueçemos que Alguém nos observa, olha, acompanha e tudo vê! Esse Alguém não é outro senão Jesus, o Cristo de Deus, e como nos diz à música que tão exaustivamente citamos: “é certo que o Senhor já sabe onde você está, é claro que Ele é poderoso para salva-lo sim! Por isso pare agora mesmo, antes que a vida acabe... enquanto sabe que a esperança existe, peça a Jesus que lhe estenda a mão!
Cristo sabe muito bem onde estamos e o que está acontecendo em nossas pobres e frágeis vidas. O controle de todas as coisas a Ele pertence! Nada foge ao seu controle! E saber disso, deveria ser suficiente para nos alegrar o coração mesmo em meio às dolorosas agruras de nossas vidas. Deveria retumbar em nossos corações as palavras de Paulo em sua segunda epístola aos coríntios: “De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos preplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos.” (II Coríntios 4.8-9) Em meios a esse mar revolto nos esqueçemos de olhar para Deus e para a sua rica e santa palavra, que nos aconselha e nos guia em todas as áreas de nossas vidas. Diante disso tudo o nosso espírito farisaico tomba ante a soberania de Deus e o que deve brotar em nossos corações é a atitude humilde e sem máscaras daquele publicano miserável que se humilhava diante de Deus sem sequer ao menos ser digno de levantar os olhos para o firmamento, por temor e tremor de Deus! As adversidades, tribulações, perseguições, agruras ou qualquer outra nomenclatura que usemos serão constantes na vida cristã, pois, como nos diz as santas Letras: “... os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” (II Timóteo 3.12) Mas, é aí que reside toda a diferença, a saber, que uma vez que vivemos em Cristo, Ele estará conosco em todo o tempo, todos os dias até o fim dos séculos, ou seja, sendo sabedores dessa verdade absoluta poderemos clamar a Ele com a certeza de que Ele nos ouvirá e se lhe aprouver Ele intervirá em nosso favor! E como nos diz a música mais do que repetida ao longo desse artigo: “será que vale mesmo a pena ainda então pedir? é claro, só assim a vida tem uma saída! é desse modo que se enfrenta a lida! é desse jeito que se acha a paz!” Enfrentamos a vida e, por conseguinte a lida confiando unicamente em Jesus em todo o tempo!! Que possamos nos lembrar das palavras do nosso Mestre: “Tende bom ânimo!” (João 16.33).
Que Deus nos abençoe!!!

Soli Deo Gloria!!!

                                                                                          Joel da Silva Pereira

Obs. O título desse artigo foi inspirado na música de mesmo nome do Grupo Logos!!

quinta-feira, setembro 08, 2011

Tome a Cruz!!!!



 Nosso Salvador deixou bem claro a sua exigência, ao ordenar explicitamente o negar-se a si mesmo. Depois, Ele enfatizou novamente o seu argumento, utilizando uma ilustração vívida do negar-se a si mesmo — uma ilustração que Ele selaria, em breve, com o seu sangue: “A si mesmo se negue... tome a sua cruz” (Lc 9.23). Seis vezes, nos evangelhos, nosso grande Profeta recomendou aos seus discípulos o tomar a cruz. Essa era uma das ilustrações favoritas de Jesus a respeito do negar-se a si mesmo. Em outras ocasiões, Ele falou sobre vender tudo ou perder a própria vida.
A noção de ser um verdadeiro discípulo hoje foi plenamente deturpada pelas teologias modernas que tornam o evangelho algo fácil e a vida cristã um mar de rosas. As heresias, pregadas e ensinadas pelos defensores dessas teologias do evangelho fácil e sem temor e respeito para com a palavra de Deus, têm deturpado o senso de realidade do que significa ser realmente um discípulo de Jesus. O próprio Jesus disse que o verdadeiro discípulo deveria tomar a sua cruz e seguí-lo sem questionamentos posteriores, apenas uma obediência inquestionável! Mas, como poderão surgir verdadeiros discípulos de Cristo se estão tirando a cruz do centro da vida cristã?
“Cruz” é uma palavra que de início traz à mente o quadro de nosso Senhor no Calvário. Pensamos sobre Ele derramando seu sangue, enquanto pregado em um instrumento destinado a infligir uma morte agonizante. Talvez possamos expandir a idéia de tomar a cruz ao pensarmos sobre Estêvão, que foi apedrejado até à morte, ou sobre Pedro e João, que foram açoitados e presos, ou sobre qualquer outro mártir, através dos séculos. À luz desses sofrimentos físicos corajosos, o crente que desfruta de quietude pode dizer: “Não tenho qualquer cruz para levar”. Talvez esta exigência de Cristo alarme a sua consciência, enquanto você a lê freqüentemente nas Escrituras.
Alguns que chamam a si mesmos de “crentes” e até mesmo de “discípulos” nunca tomaram realmente a sua cruz. Ignorando a experiência da auto-execução, da auto- renúncia, eles são necessariamente estranhos para Cristo. O próprio Senhor Jesus tencionava que sua exigência alarmasse profundamente tais pessoas. Se esta é a sua condição, não haverá qualquer alívio para a consciência, exceto por meio do tomar a sua cruz e seguir a Jesus.
No entanto, outros são verdadeiros servos e dessa forma discípulos de Cristo, porém, sentem desânimo por entenderem de modo errado a exigência de nosso Senhor. É possível tomar a cruz e não o saber. Uma análise cuidadosa do significado das palavras de nosso Senhor será um encorajamento.
O Grupo Logos em uma de suas lindas canções nos diz o seguinte:

Tome a cruz, a Bíblia diz, Se você quer de Cristo ser
Servo útil, preparado, tome a cruz, Eis o mandado!
Tomar a cruz não é carregar
 Um peso, um fardo ou uma enfermidade que chegar
Mesmo que chegar
Tome e a cruz. Tomar a cruz é testemunhar,
mesmo que o mundo inteiro venha contestar

Ser discípulo é negar-se a si mesmo todos os dias, e assim colocar a vontade de Deus acima da sua em todos os aspectos da vida, aprendendo dessa forma a cada dia a depender da imerecida graça do Senhor. Contudo, os pregadores das teologias que tornam o evangelho fácil e sem cruz e que descortina uma vida que pode ser comparada a um mar de rosas e dessa forma deturpam as palavras de Jesus: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (Jo 16.33b) As aflições fazem parte da vida de um verdadeiro discípulo do Senhor, como Paulo nos ensina em II Tm 3.12: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo serão perseguidos.” O verdadeiro discípulo que quer viver uma vida piedosa com Cristo deve estar preparado para enfrentar perseguições. Esses dois versos derrubam esses ventos de doutrinas que defendem uma vida cristã fácil e confortável sendo que a verdade é totalmente o contrário!
Conforme já sugerimos, a cruz é dolorosa. A palavra “cruz” perde todo o significado, se removermos o terrível sofrimento. Nosso Senhor suportou as dores mais cruéis já infligidas a um homem. Temos de reconhecer que a cruz representava dores internas, bem como dores externas. Para o nosso perfeito Senhor, a tortura íntima resultante da cruz foi maior do que a tortura exterior.
Hebreus 12.2 nos ensina que Jesus “suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia”. A ignomínia era muito mais dolorosa à sublime dignidade dEle do que o eram os cravos e o sangue vertendo de seu corpo. Alguns têm falhado em avaliar o que a cruz era para Jesus: a vergonha de ser feito pecado, diante do Pai, e a ignomínia de ser julgado por um Deus justo, diante de seus inimigos. A vergonha de se identificar abertamente com as sujas transgressões dos ímpios, diante dos homens, dos anjos e de Deus, feriu profundamente a alma sensível de nosso Senhor. Os que se envergonham da cruz de Cristo não são discípulos de Jesus, e devem repensar suas posições diante de Deus!
Que o Senhor Deus nos ajude a entendermos o que significa ser verdadeiramente um discípulo! E que isso seja logo, pois quanto mais nos demorarmos a chegar nesse entendimento mais o mundo se afundará nas densas trevas do pecado!O verdadeiro discípulo de Cristo é sal da terra e luz do mundo e entende que a cruz pode ser vista em todas as áreas da vida cristã. Nosso Senhor não estava falando com hipérbole, quando colocou diante de nós uma cruz diária. Virar as costas para a cruz significa retornar ao caminho largo que conduz à perdição! Que Deus nos ajude!!

Soli Deo Gloria!!!

                                                                                   Joel da Silva Pereira