sábado, agosto 10, 2013

Nascer de Novo!!!





Hoje muitos pregadores deixaram de pregar acerca da necessidade do novo nascimento. Entrar no Reino de Deus nunca foi tão fácil. Ter o nome do livro da vida do Cordeiro é mais fácil do que respirar tudo isso é possível uma vez que não há mais a necessidade de nascer de novo. Será que a assertiva de Jesus a Nicodemos, “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3), teve validade apenas para Nicodemos? Será que as palavras de Cristo perderam valor? Por que não se leva mais a sério tal assertiva?
A experiência e a necessidade do nascer de novo foram substituídas pela urgência e pressa do crescimento numérico, ou seja, é mais importante ter um templo cheio de pessoas mortas do que ter um templo onde há poucos membros, mas esses poucos cheios do Espírito Santo e consequentemente nascidos de novo.
A “numerolatria”, provocada em sua maioria pela disseminação da teologia da prosperidade, descarta o nascer de novo como prerrogativa principal para entrar no Reino de Deus, basta aos homens serem sabedores de que são filhos do Dono do ouro e da prata para os portões do céu e se abram e com eles a certeza da salvação.
Todavia, as palavras de Cristo a Nicodemos passam longe dessa permissividade tola e vã propagada na maioria dos púlpitos das igrejas hoje. As palavras de Cristo são um imperativo: “é necessário nascer de novo!” Não há atalhos! Não há caminho mais fácil! Não há subterfúgios, ou seja, ou o Espírito Santo nos convence e opera em nós o novo nascimento nos regenerando ou não faremos parte do Reino de Deus em hipótese alguma. Ao longo da historia da cristandade os homens tentaram criar atalhos e subterfúgios para se chegar aos céus, ou seja, o ensino acerca do novo nascimento já vem sendo negligenciado desde muito cedo. Temos como grande exemplo dessa negligência histórica as indulgências e as relíquias vendidas pela igreja medieval no século XVI, tais homens (os clérigos) chegaram a proclamar que “fora da igreja não haveria salvação”, ou seja, os homens só teriam “direito” e “acesso” ao Reino de Deus se permanecessem na igreja e se submetessem aos desmandos, heresias e corrupção do clero que se colocavam e se autoproclamavam como representantes de Deus. Eles impunham jugos e fardos sobre o rebanho que eles mesmos não podiam e nem tinham condições de suportar e assim se portavam tais quais os fariseus e mestres da lei dos tempos de Cristo. Dessa forma, o novo nascimento não era mais anunciando. Hoje ao que parece essa tragédia se repete, as indulgências estão com uma nova roupagem, travestidas a ponto de enganar homens sabidos com suas vãs sutilezas e uma vez mais desmerece a necessidade do novo nascimento, e isso nada mais é do que anular as verdades das Sagradas Escrituras ou num sentido mais cru e, porém mais verdadeiro é anular as palavras do próprio Deus.
Uma coisa que não é ensinada hoje na maioria das igrejas, é que o novo nascimento é importante e inquietante porque diz respeito a algo que é feito para nós e não algo que depende de nossas ações, ou seja, o novo nascimento não é algo que depende de nós ou da nossa própria força, mas sim de Deus.
A ênfase de João 1.13 de que os filhos de Deus são aqueles que “não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” nos ensina que o novo nascimento é uma obra plena e totalmente divina.
John Piper assevera: “não realizamos o novo nascimento, é Deus quem o realiza. Qualquer coisa espiritualmente boa que fazemos é resultado do novo nascimento e não a causa dele”.
Uma inquietação me vem ao coração ao redigir este post: “Por que se deixou de ensinar acerca da necessidade do novo nascimento?”
Temos que entender que estávamos mortos em nossos delitos em pecados e como tais só através do novo nascimento é que receberemos o poder para sermos chamados filhos de Deus.
John MacArthur Jr. diz que “o barateamento da graça e a fé fácil em um evangelho distorcido estão arruinando a pureza da igreja”. Ele prossegue dizendo: “os crentes de hoje estão dispostos a aceitar qualquer coisa, que não a rejeição aberta, como autêntica fé cristã”. Os cristãos de hoje sabem tudo o que é preciso para viver bem, contudo assim como Nicodemos não sabem que é necessário nascer de novo.
Os reformadores e puritanos só alcançaram êxito em seus ministérios porque acreditavam, ensinavam e viviam verdadeiramente o novo nascimento.
O resgate de tão importante doutrina se faz mais que necessário, pois resgatar esse importante e imperativo ensino é resgatar a essência do evangelho da graça de Cristo, pois só entraremos no Reino de Deus se tivermos nascido de novo.

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!

Soli Deo Gloria!!!

Joel da Silva Pereira

  

quinta-feira, agosto 08, 2013

Doentes!!!!!!



No artigo anterior falamos acerca da fraqueza cristã: de como somos uma geração fraca, alimentada por uma pregação covarde e distorcida da Palavra de Deus, isso tem sido a constante dos nossos dias. A nossa geração abomina (essa é a palavra) a orientação de Paulo, enfim estamos nos conformando com este mundo.
Ao examinar as Escrituras Sagradas, em especial o livro do profeta Oséias, entendi que o nosso problema de fraqueza é bem mais sério do que relatado anteriormente. Na verdade não se trata de uma simples fraqueza, mas, de uma grave e terrível doença; o profeta disse: “o seu coração é falso; por isso serão culpados.” (Os 10.2) Vê-se assim que a nossa doença cardíaca chama-se FALSIDADE, e como sintoma dessa doença temos:  a nossa fraqueza.
Dessa forma somos uma geração doente, e assim formamos uma igreja igualmente doente e cheia de pessoas que se apertam em busca de algumas migalhas que caem dos púlpitos, mas, não no intuito de se fartarem de alimento sólido, porém de palavras que apenas massageiem os nossos já tão inflados egos.  Infelizmente, somos uma geração doente que professa sua fé em Cristo, mas, que em contrapartida confia excessivamente mais em seu ego do que na pessoa de Cristo, pois, enquanto as coisas vão bem não nos lembramos de Cristo, agora se algo sai dos trilhos logo recorremos em busca de respostas e explicações, ou seja, Cristo ao invés de ser a nossa confiança e esperança se tornou o nosso quebra galhos.
Nossa terrível doença nos cega e assim não enxergamos a verdadeira realidade, só vemos a realidade que o nosso orgulho nos permite ver e com isso nos afastamos terrivelmente de Deus e de sua santa e bendita Palavra, assim nos esquecemos de que Deus nos fez com apenas um coração e este deve estar totalmente devotado à sua soberana vontade, mas, a nossa doença, ou seja, a FALSIDADE de nossos corações tem nos tornado idolatras repugnantes e assim todo o nosso caráter é culpado.
Como efeito devastador dessa doença miserável, Spurgeon diz que “Deus não é amado, de forma alguma, quando não é amado totalmente”, ou seja, a falsidade que reside em nosso coração nos faz amar cada vez menos a Deus ou em alguns casos não o amamos. Não se pode amar verdadeiramente se verdadeiramente o seu coração é falso.
No texto do profeta Oséias que citamos, vemos a terrível realidade do povo escolhido de Deus. Israel como nação estava totalmente dividida e arrasada e assim afundada em sua depravação.
Israel estava dividindo sua lealdade entre YHWH e Baal, e por esse comportamento tornou-se inútil para Deus e foi abandonado ao cativeiro. É como se o profeta estivesse com um arco armado e pronto apontado diretamente para os nossos dias, tamanha é semelhança entre a nossa miserabilidade e a de Israel falso e depravado.
A nação israelita com seu coração falso e dividido insultou a Deus a tal ponto que foi entregue ao exílio, Deus não admite rivais. Ele, castigou severamente a Israel por causa da doença (FALSIDADE) de seu povo, será que não fará o mesmo conosco?
A verdade é que além de sermos uma geração doente, somos também e para nossa desgraça uma geração mimada e entorpecida pela vileza do orgulho e do egoísmo e isso nos torna ainda mais doente do que já somos. E nossa doença só faz aumentar quando dos púlpitos não flui o verdadeiro evangelho da graça de Cristo.  Spurgeon falando acerca da FALSIDADE descrita pelo profeta Oséias disse: “o que vai em busca de Cristo, nunca o encontrará, enquanto seu coração desejar ardentemente os prazeres pecaminosos, ou a confiança farisaica: sua busca é defeituosa demais para obter êxito”. Por causa de nossa doença miserável nossa vida coxeia e vacila, pois não trás em seu peito um coração íntegro e totalmente devotado a Deus.
Esquecemo-nos que Cristo em sua paixão entregou totalmente o seu coração para no redimir de nossos pecados e assim não é coerente de nossa parte ter um coração falso e totalmente dividido. Como chegamos a esse terrível ponto? Como deixamos essa doença se alastrar de uma forma tão avassaladora? Mediante a tudo isso nos portamos como se estivesse tudo bem e como se nada de errado estivesse acontecendo. Como disse antes, além de estarmos doente somos uma geração mimada, e agora depois de tudo o que foi escrito vejo que a FALSIDADE de nossos corações nos tornou uma geração hipócrita, que se comporta como uma dona de casa negligente prefere amontoar a sujeira em baixo do tapete, ou seja, preferimos posar de santos e nos escondermos sob um manto falso de santidade e desse modo fingir que está tudo bem e que somos uma geração que tem o seu coração totalmente devotado a Deus. Quanta hipocrisia e falsidade.
Realmente a nossa doença é nítida! Não podemos mais escondê-la e também não podemos mais usar de paliativos tolos e banais para saná-la, precisamos ter em mente que só Cristo tem o poder necessário para curar essa geração e se não recorrermos essa maldita doença se alastrará como um câncer e nos devorará de dentro para fora. 

Que Deus tenha misericórdia de nós, nos cure e nos ajude!!!

Soli Deo Gloria!!!


Joel da Silva Pereira

sábado, agosto 03, 2013

Fracos!!!


Por que a igreja de hoje é tão fraca? Há inúmeras conversões e um aumento considerável do número de membros, contudo o impacto da igreja sobre a sociedade é irrisório! Ao que parece hoje está cada vez mais difícil distinguir os cristãos dos mundanos.
Uma das razões para a fraqueza da igreja é que ela deixou de pregar a Palavra de Deus tal como ela é, enfim a igreja está deixando de viver o cristianismo puro e simples. Prega-se e vive-se um evangelho embotado e torpe que não alimenta as almas e que nem de longe glorifica e honra o nome de Jesus. Como ter uma igreja forte se não há alimento suficientemente capaz de nutri-la e fortalecê-la? Trocando em miúdos, a igreja está fraca porque os seus púlpitos estão fracos! Onde está a verdade e a vida da afirmação de Paulo aos coríntios: “Porque não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo como Senhor” (II Co 4.5) Uma igreja que não se submete mais ao senhorio de Cristo está longe de ser uma igreja forte, ou melhor, está longe de ser IGREJA!
Os cristãos de hoje, por conta de pregações humanistas e antropocêntricas, correm o risco de perder de vista o ponto central da mensagem do evangelho, e isso os torna cristãos fracos, mas essa fraqueza em nada se parece com a fraqueza do apóstolo Paulo que ouviu do Senhor que o poder Dele seria aperfeiçoado na fraqueza do apóstolo. Infelizmente com uma igreja fraca como a atual, as únicas coisas que podem ser aperfeiçoadas são o orgulho e o ego humano e, por conseguinte o pecado, ou seja, a igreja fraca de hoje tende a se depravar mais e mais e assim se distanciando mais e mais da cruz de Cristo.
Os cristãos de hoje que não reconhecem mais o senhorio de Cristo se acostumaram com pregações doente e distorcidas da Palavra de Deus a ponto de estarem na casa de Deus apenas por mera “condicionalidade” e não como o salmista que ansiava por  estar na casa de Deus. Citando o pastor John MacArthur Jr, consigo ver um dos motivos pela tamanha fraqueza da igreja, disse ele: “as boas novas deram lugar às más novas de uma fé fácil e traiçoeira, que não faz qualquer exigência moral para a vida dos pecadores”. Ser cristão hoje se tornou conveniência. Não é preciso tomar a cruz e nem negar a si mesmo, basta apenas levantar a mão e responder a um apelo meramente humano e carregado de massagens para os egos pecadores que emotivamente respondem a esses apelos. Nenhuma igreja se torna forte simplesmente massageando o ego do seu corpo de membros. Se nos debruçarmos para os relatos bíblicos concernentes a igreja primitiva vemos que não havia apelos e nem massagens de egos, tão somente existia um firme testemunho e uma fé inabalável na pessoa de Cristo. Cristo era o cabeça da igreja primitiva, mas hoje não vemos mais Cristo tendo a primazia longe disso, em muitas igreja Ele nem lugar mais tem nem nos templos e muito menos nos corações dos cristãos. Olhando os nossos dias vem a minha mente o legado dos morávios que tinham por lema: “Vicit Agnus Noster Eum Sequamur” (Venceu o Nosso Cordeiro, vamos segui-lo). Esse lema deveria arder em nossos corações com toda intensidade e vivacidade que havia em cada coração moraviano, só que a nossa realidade é bem diferente, vocês podem até argumentar que os nossos dias e nossa realidade são bem diferentes dos morávios, mas eu contra-argumento com o seguinte: “os dias e a realidade podem ser diferentes, mas o Deus que os morávios serviam é o mesmo que ousamos dizer que servimos”. Não estou dizendo que os morávios eram perfeitos, mas que eles são um exemplo daquilo que os cristãos de hoje não são: FORTES! Sua força vinha do Senhor Jesus e de sua rica e bendita Palavra. Mas a nossa força vem de homens falhos e corruptos. Somos uma geração fraca e doente.
Nossa fraqueza deriva da nossa falta de temor e reverência a Deus e a sua Palavra e isso cresce a cada dia e cada vez enfraquecemos mais. São vários os motivos que faz de nós uma geração fraca se fosse listá-lo aqui seria um livro e não um simples post .
“O que diriam os mestres reformadores que lutaram para edificar uma igreja robusta e forte para Cristo se pudessem contemplar a igreja hoje?”   
 “Qual seria a reação deles ao ver que o legado pelo qual eles deram suas vidas tem sido negligenciado de maneira tão escabrosa e vil?”

Sim, somos uma geração fraca e corrupta! Mas, eu me pergunto: “Será que vamos aceitar simplesmente o fato de que somos fracos e nada faremos para mudar esse quadro terrível?”

Deus é o único capaz de mudar essa situação. Só Ele é poderoso para fazer mais do que pedimos ou pensamos. Ele pode nos levantar do monturo e do pó e nos fazer renovar as forças e nos fazer voar com asas de águia.

Desperta Igreja!!!

Soli Deo Gloria!!

Joel da Silva Pereira