Em uma de suas
canções o grupo Logos diz: “os dias são maus, e as provas duras demais quase
não posso resistir”. Creio que essas palavras são o falar do coração de muitos
hoje. Muitos cristãos estão se cansado com extrema facilidade da urdidura da
vida. Será que se esqueceram das palavras do próprio Jesus: “no mundo tereis
aflições”. Ao que tudo indica, os
cristãos em sua maioria acham que vieram a esse mundo a passeio e que Deus deve
estar sempre a sua disposição para lhes satisfazer os seus desejos e vontades.
Eu me pergunto: “que cristianismo é esse?”
Um cristianismo
de facilidades e comodidades tem sido pregado para encher templos de pessoas
não transformadas pelo poder do Espírito Santo e que estão ali lotando essas
igrejas unicamente na esperança de receberem algum favor material ou de ouvirem
alguma palavra que lhes massageei o seu jpa tão corrompido coração. Um
cristianismo onde pessoas são elevadas à salvação sem que haja necessidade de
arrependimento. Vida eterna sendo trocada por “quantias simbólicas” que servem
para sustentar ministérios que se valem da exploração da boa fé e ignorância de
muitos que vão em busca de consolo para as suas angústias.
Não discordo de
que os dias são maus, mas temos que admitir que os cristãos estão em um nível
espiritual decadente e deplorável. Os cristãos são mais influenciáveis do que
influenciadores. Nesse aspecto temos muito o que aprender com os puritanos. Os
puritanos enfrentavam a vida cristã com galhardia e destemor, e mesmo
reconhecendo as suas falhas e imperfeições não negavam a fé ou procuravam
pregações rasas e humanistas como forma de tentarem mascarar as urdidura da
vidas, pelo contrário os puritanos sabiam o caminho correto e a fonte de onde
jorrava as verdades que alimentavam seus corações , ou seja, os puritanos
recorriam ao próprio Autor e Consumador
de sua fé. Eles buscavam a Deus em sua própria palavra sem necessidade de
intermediários ou de promessas mirabolantes, pactos loucos, correntes disso e
daquilo como vemos nos dias atuais. Todavia, o que mais me deixa estupefato é o
fato da igreja achar isso normal e se acomodar e não fazer nada para mudar esse
terrível quadro que se alastra a cada dia.
Não importa o
quão difícil seja a luta! Não importa o quão árido seja o deserto! Deus disse
que estaria com os seus até a consumação dos séculos, e essa promessa foi feita por alguém que é de Eternidade em
Eternidade e isso deveria bastar para nós que nos professamos servos Dele.
Os
pregadores que hoje mercadejam a fé, a vocação e o ministério deveriam repensar
se foram mesmo chamados por Deus para estarem à frente do rebanho de Cristo.
Para Lutero, “quem não prega a palavra, para o que foi chamado pela igreja, não
é sacerdote de maneira alguma”. Os pregadores que não pregam mais o evangelho
da graça de Cristo, e sim um pseudoevangelho, mutilam suas mensagens,
açucarando-as, dando enfatizando as benesses do Evangelho e ocultando assim a
santa e justa ira de Deus, a necessidade de arrependimento e os custos do que
significa realmente seguir a Cristo, pois os que querem viver piedosamente em
Cristo serão perseguidos (II Tm 3.12).
Não posso
aceitar o fato dos crentes se acovardarem de enfrentar esses dias maus e se
queixarem de que não suportam mais a lida e não quererem mais enfrentá-la com
fé em Cristo Jesus. Não tenho outra palavra para adjetivar a maioria dos que se
professam cristãos que não seja COVARDES. Somos uma geração covarde! Preferimos
nos omitir a encararmos a lida e as situações complexas que surgem durante a
caminhada cristã. Nos encondemos envoltos em um manto de falsa SANTIDADE para
tentarmos esconder dos outros e acima de tudo nós mesmo a nossa face vil,
pecaminosa e covarde.
À nossa
geração covarde e vil deixo um conselho do príncipe dos pregadores, a saber,
Charles Haddon Spurgeon: “Orai sem cessar e pregai a Palavra fiel em termos
mais claros do que nunca. Tal conduta talvez pareça a alguns uma espécie de
ficar parado e nada fazer, mas a verdade é que isso traz para dentro da
batalha; e quando ELE vem para vingar-se daqueles que desprezam a sua aliança,
sua vitória vem rápida. ‘Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa!”
Não é
tempo de nos acovardarmos, mas sim de dobrarmos nossos joelhos e orarmos
incessantemente por um despertar espiritual poderoso vindo da parte de Deus
para que assim com ousadia pregarmos o glorioso evangelho da graça de Cristo
que é poder para a salvação de todo aquele que crê.
Chega de
covardia igreja!!!
Se
quisermos viver piedosamente em Cristo padeceremos perseguições e teremos dias
maus!!!
Que Deus
nos ajude e tenha misericórdia de nós!!!
Soli Deo
Gloria!!
Joel da
Silva Pereira
A igreja precisa de mártires, que mesmo em face da morte, não amam a própria vida mais do que a Deus. Maranata.
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