segunda-feira, junho 30, 2014

Teu, Senhor é o reino!!!!!



"Tua, Senhor, é a grandeza, o poder, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto o que há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos." (I Crônicas 29.11).
Nas palavras de John Murray: "eu entendo a soberania, como a autoridade, o domínio e o governo absolutos de Deus sobre toda realidade distinta dEle mesmo, existente no âmbito da natureza da graça. É um conceito que se refere à sua relação com os outros seres e com tudo o mais que existe".
Deus é Soberano! Essa verdade está asseverada em todas as partes das Sagradas Escrituras, de Gênesis a Apocalipse cada verso, cada capítulo, cada livro e cada epístola a soberania de Deus é exaltada. Contudo, hoje essa soberania não é pregada e nem ensinadas nas igrejas. Na maioria dos púlpitos ao que parece surgiu um novo "senhor soberano", e mesmo cheio de defeitos, pecados e imperfeições esse novo "senhor soberano" tem sido colocado acima do verdadeiro Senhor Soberano.
Agora, não é muito difícil saber quem é esse novo "senhor soberano", pois a Bíblia no revela que esse novo "senhor"está morto em delitos e pecados (Ef 2.1). A doutrina da soberania de Deus enfrenta como um dos seus maiores opositores os pregadores humanistas. Tais pregadores com suas pregações humanistas e distorcidas das Escrituras têm ensinado que o homem pode controlar o seu destino e ainda vão mais além, asseveram com todas as letras que o homem pode escolher ser salvo.
A Bíblia de estudo de Genebra em uma de suas notas teológicas traz o seguinte: "a afirmação de que Deus é absolutamente soberano na criação, na providência e na salvação é básica à crença bíblica e ao louvor bíblico. A visão de Deus reinando de seu trono é repetida muitas vezes (I Rs 22.19; Is 6.1; Ez 1.26; Dn 7.9; Ap 4.2). Somos constantemente lembrados, em termos explícitos, que o Senhor (Javé) reina como rei exercendo seu domínio sobre os grandes e pequenos, igualmente (Êx 15.18; Sl 47.93; 96.10; 97; 99.1-5; 146.10; Pv 16.33; 21.1; Is 23.23; 52.7; Dn 4.34-35; 5.21-28; 6.26; Mt 10.29-31). o domínio de Deus é total; ele determina como ele mesmo escolhe e realiza tudo o que determina, e nada pode deter o seu propósito ou frustrar os seus planos. Ele exerce o seu governo no curso normal da vida, como nas mais mais extraordinárias intervenções e milagres".
Nunca foi tão imperativo resgatar a doutrina da soberania divina. Em dias em que o homem é colocado dia após dia, pregação após pregação em um pedestal onde ele se acha digno de todas as coisas, inclusive de ter a total atenção de Deus. Deus precisa reinar soberanamente novamente e principalmente no coração dos homens para que haja uma igreja sadia que vive o verdadeiro evangelho da graça de Cristo. Esse sempre foi o verdadeiro intento de Lutero, que a igreja reconhecesse, vivesse e se submetesse a autoridade e supremacia das Escrituras, e por conseguinte a Soberania de Deus.
A doutrina da soberania de Deus tem sido negligenciada a tal ponto que os homens estão se achando soberanos, e estão chegando ao cúmulo de exigirem de Deus as coisas mais absurdas possíveis e para validarem esses absurdos eles usam uma interpretação totalmente deturpada das Escrituras Sagradas.
Segundo Matt Perman: "a soberania de Deus é, é realmente, uma doutrina libertadora para nós. Ela nos liberta para obedecermos com alegre confiança, segurança e paz. Tal  como um crente, nós devemos pensar assim: 'uma vez que Deus é soberano, a não obediência pode fazer mal ao meu relacionamento com Deus, e portanto, obediência nenhuma, não importa quão "bobo" isso seja ao mundo e não importa as consequências, isso no final, pode fazer mal a mim.' Não é dessa maneira que Paulo usou a doutrina em Romanos 8.28-36? Ele disse no verso 28 e então procedeu à explicação de que a segurança que ela nos dá através do zelo, da obediência de risco porque "nada nos separará do amor de Cristo".
Deus é soberano e isso é uma verdade absoluta e irrefutável, qualquer um que assevere algo que vá além disso, está pondo em xeque a inerrância e a supremacia das Sagradas Letras! Para estes fica a dica: "As Escrituras são absolutamente verdadeiras, e nada do que façam ou digam mudará o fato de que elas ensinam que Deus é soberano e que o homem não passa de um monte de barro nas mãos do Soberano Oleiro". Contudo, devo confessar que defender a soberania de Deus hoje é falar um idioma estrangeiro. Por isso deixo aqui um pedido: "Deixem Deus ser Deus!"

Que Deus tenha misericórdia de nós e que a importante e inquestionável doutrina da soberania de Deus volte a ter um lugar de honra em nossos púlpitos, no coração e na vida de cada cristão verdadeiro lavado e remido no sangue de Cristo!!!

Soli Deo Gloria!!!

Joel da Silva Pereira

domingo, junho 08, 2014

Uma Igreja em Crise!!!



A igreja se afoga dia após dia numa terrível crise doutrinária e ao que parece sem precedentes. A igreja está sendo desfigurada pouco a pouco por lobos devoradores que um dia se vestiram com pele de cordeiro, mas que com o decorrer dos anos suas verdadeiras facetas foram reveladas.
Muitos podem argumentar que a igreja enfrenta ataques a muito tempo, e é verdade.Mas, o que vemos é que essa crise que se alastra se origina na própria igreja. É do conhecimento de todos de que não existe uma igreja que seja 100% perfeita, embora alguns venham contra-argumentar de que suas igrejas sejam perfeitas, essas argumentações são fajutas. Assim sendo, uma vez que não há igrejas perfeitas, as heresias e seitas se infiltram de uma forma ainda mais devastadora, o que deve ser salientado é que uma vez que a crise doutrinária se instala em uma igreja o caminho para que a mesma se torne desfigurada e totalmente fora delineado nas Sagradas Escrituras.
No sermão do monte o Senhor Jesus foi bem claro quando disse que os cristãos (a igreja) são “o sal da terra. Mas se o sal perder o sabor como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens” (Mt 5.13). Nos dias atuais o sal ao que parece perdeu inteiramente o seu sabor, pois pipocam notícias de mais e mais igrejas que se afastaram do caminho da graça. Igrejas que em dias anteriores eram guiadas por homens que se asseveravam “servos do Senhor”. Assistem esses homens subirem aos púlpitos e pregarem que pelo visto descobriram uma nova doutrina, um novo caminho a ser trilhado. Um caminho que não é nem de longe estreito, mas cheio de atalhos e assim conduzem o rebanho às bênçãos e não ao Deus que abençoa.
A triste realidade é que o sal perdeu o sabor, salvo alguns poucos ajuntamentos de igrejas que se mantêm alicerçadas na sã doutrina. Igrejas que ainda reconhecem que a graça do Senhor é o bastante e que o próprio Cristo lhes é mais do que suficiente. Há ainda no meio cristão 7000 que não dobraram seus joelhos ante a Baal.
Uma marca dessa igreja sem identidade e sem sabor que dia após dia é pisada pelos homens, é a sua plena e total falta de respeito para com as Escrituras. Essa falta de respeito é alimentada dos púlpitos com uma pregação deturpada e fraca das Escrituras. Prega-se o que se quer ouvir e não o que o que o Espírito quer dizer às igrejas. Outra coisa que alimenta essa crise sem precedentes é a disseminação de canções sem conteúdo bíblico saudável que tiram o foco da pessoa de Cristo e o transfere para o homem depravado e vil totalmente morto em seus delitos e pecados. O que se vê olhando atentamente para as Escrituras é o cumprimento das palavras do apóstolo Paulo: “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal...” (Rm 1.22-23). As canções entoadas nos cultos honram e glorificam ao homem ao invés de exaltarem a Deus. Será que essa geração não sabe que Deus não divide sua glória com ninguém? (Is 42.8)
É mais do que necessário de que a Noiva do Cordeiro passe por uma nova reforma doutrinária e espiritual, tal qual passou nos tempos de Martinho Lutero. Nos dias de Lutero a igreja estava corrompida e podre por conta de sua ganância e por conta de seus falsos mestres que se deixaram levar por seus próprios desejos vis e torpes e assim trocaram a verdade de Deus pela mentira (Rm 1.27). Os dias atuais não diferem muito dos dias do grande reformador alemão. A igreja não tem uma referência, não tem uma identidade. Nos dias da igreja primitiva o rebanho olhava e via a Tiago, Pedro, Paulo e os demais apóstolos como seus referenciais, mas acima disso o rebanho via Cristo e sua poderosa mensagem na vida desses homens. No tempo dos pais da igreja se via o grande Agostinho de Hipona dirigindo o rebanho de Cristo movido pela graça soberana de Deus em sua vida e ministério. Na época da reforma Lutero, Calvino e Knox eram as referências. Antes disso foram levantados por Deus John Wycliffe e John Hus como pré-reformadores. Enfim, a igreja sempre via homens de Deus que agiam com integridade, amor e devoção a Deus e a sua Palavra que guiavam o rebanho seguindo as orientações do Divino Senhor de suas vida e verdadeiro cabeça da igreja, a saber, Jesus Cristo o Filho do Deus Vivo. Qual a referência da igreja cristã hoje? Qual a referência da igreja cristã brasileira hoje?
Uma igreja em crise gera uma geração em crise. Uma geração em crise não pode fazer a diferença em um mundo que jaz no maligno, uma vez que não há diferença nenhuma entre os que estão nas trevas e os que dizem que estão na luz. Uma geração em crise nunca vai agir como sal da terra e luz do mundo, nunca servirá de guia para os que caminham a passos largos para o inferno, mas pelo contrário seguirão junto com eles, pois mesmo se dizendo cristãos não passam de sepulcros caiados. Essa geração forjada por meio de pregações bíblicas humanistas e distorcida não passa de pseudocristãos que se vestem de uma falsa santidade e que se julgam perfeitos e com direitos de terem suas vontades atendidas pelo Pai Celeste. Ledo engano, pois essa geração não passa de um bando de pecadores nas mãos de um Deus irado do qual ou somos servos verdadeiros ou verdadeiros inimigos.
Uma reforma mais do que urgente se faz necessário no meio cristão hoje. É necessário voltar a pregar e viver os princípios que nortearam a reforma protestante de 1517. Voltemos ao verdadeiro evangelho da graça de Crista. Que dos púlpitos novamente sejam proclamadas as antigas doutrinas da graça. Enfim, voltemos ao evangelho!

Que a igreja do Senhor dobre seus joelhos e com a cara no pó clame por uma restauração e por um reavivamento. Que o clamor seja o de Habacuque: “Aviva ó Senhor a tua obra!” (Hc 3.2).

Que Deus tenha misericórdia de nós e que pelo poder e agir soberano do seu Espírito Santo sejamos restaurados e reavivados!!!

Soli Deo Gloria!!!

Joel da Silva Pereira