“...
para que experimenteis qual seja boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm
12.2b) é assim que o apóstolo Paulo finaliza o segundo verso do décimo segundo
capítulo de sua epístola aos Romanos. Trata-se de uma das mais maravilhosas
verdades do evangelho da graça de Cristo. Essa passagem nos revela a grandeza
da vontade soberana do nosso Deus. Contudo, em nossos dias a vontade de Deus só
se torna boa, agradável e perfeita se estiver submissa aos caprichos e mimos de
uma geração corrompida e depravada que insiste em desafiar a soberana e
irresistível vontade do Criador e subjugá-la a seus torpes desejos.
O
“cristão” hoje acha-se no direito de controlar a vontade de Deus além disso determina o dia e o que Deus tem
que fazer para seu próprio bem. Deus está refém dos desejos malignos de uma
humanidade tola e vil. Isso tudo é fruto de uma deturpação e de uma má
interpretação escancarada das Sagradas Escrituras, quantas almas neste momento
estão cativas desse torpe ensino apregoados por homens que se dizem arautos do
evangelho da graça de Cristo, mas, que não passam de lobos em pele de cordeiro
que devoram as casas das viúvas e que fazem dos seus discípulos duas vezes mais
filhos do inferno do que eles mesmos.
Tais
pregadores nunca experimentaram a boa, agradável e perfeita vontade de Deus,
uma vez que a única vontade que eles defendem e pregam é sua própria vontade
vil e pecaminosa que é incapaz de se submeter a Deus espontaneamente uma vez
que é uma fiel serva do pecado.
Em
sua boa e irresistível vontade, Deus ao criar o homem, por sua onisciência,
sabia que o mesmo cairia e Dele se afastaria e dessa forma toda a sua
descendência seria rebelde e obstinada e que jamais por vontade própria
escolheria se arrepender e se voltaria para Deus de todo o seu coração, uma vez
que a humanidade que está longe de Deus está morta em delitos e pecados (Ef 2.1).
Em
sua agradável e irresistível vontade, Deus se agradou de moer o seu filho
unigênito (Is 53.10) por amor daqueles que o Espírito Santo covenceu e ainda
convencerá do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Também em sua agradável
e irresistível vontade, logo depois da triste confissão de nossos pais no Éden,
Deus nos revela que viria ao mundo Aquele que pisará a cabeça da serpente (Gn
3.15), e essa é primeira profecia acerca do Messias, e que os estudiosos chamam
de o protoevangelho.
Em
sua perfeita e irresistível vontade, Deus se fez carne e habitou entre nós. O
verbo de Deus, o Logos se fez carne e tabernaculou entre nós, cheio de graça e
de verdade (Jo 1.14). Contudo, mesmo sendo Deus não considerou o fato de ser
igual a Deus, era algo a que devesse se apegar, mas esvaziou-se a si mesmo,
vindo a ser servo e tornando-se semelhante aos homens (Fp 2.5-7). Creio que
estes versos não estão entre os preferidos dos pastores da moda. Pois admitir
que Deus se humilhou, na visão deturpada deles, é o mesmo que admitir que Deus
não é onipotente, pois esse é o atributo divino mais enfatizado por eles em
suas verborragias infindáveis. Seria bom que eles se esvaziassem de seus tão já
inflados egos e buscassem a plenitude do Espírito Santo de Deus e
consequentemente a sua sabedoria e dessa forma pelo agir sobrenatural do
Espírito Santo se voltassem para Deus e para a sua santa e bendita Palavra de forma
sadia e ungida e não torpe e vil como fazem hoje.
Os
homens têm que se conscientizar de que somente a vontade de Deus é boa,
agradável e perfeita, enquanto que ao mesmo tempo têm que cair e em si como o
grande C. S. Lewis caiu e expressou da seguinte forma: “Pela primeira vez examinei a mim mesmo com o propósito seriamente
prático. E ali encontrei o que me assustou: um bestiário de luxúrias, um
hospício de ambições, um canteiro de medos, um harém de ódios mimados”. Essa
frase de Lewis resume bem o que é a vontade humana quando esta é escrava do
pecado e nos serve de alerta para que saibamos que a vontade soberana de Deus
não está e nunca estará cativa de nossos mimos vis e escravos o pecado. E
também nos deixar atentos para o fato de que por nossa própria vontade ou
méritos podemos nos render a tão irresistível vontade, uma vez de que tudo
depende de Deus exercer sua misericórdia com quem Ele quiser ser misericordioso
e isso não depende da vontade nem do esforço de alguém, mas de Deus mostrar
misericórdia (Rm 9.15-16). Que os homens de hoje possam ouvir, e atendam ao
pedido que Martinho Lutero fez a igreja medieval na época da reforma
protestante: “Deixem Deus ser Deus!”.
Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!
Soli Deo Gloria!!!
Joel da Silva Pereira
Glória a Deus por esse artigo.
ResponderExcluirQue Deus possa derramar mais do seu Espirito sobre a sua vida e sobre sua casa. Simplesmente Maravilhoso.
viver no centro da perfeita e agradável vontade de Deus deve ser o objetivo de vida do cristão, mas muitos se deixam levar por doutrinas falsas que levam ao erro e conduzem ao inferno. Que Deus tenha misericórdia!!
ResponderExcluirMuito bom artigo!!