terça-feira, outubro 11, 2016

Escravos!!!


Resultado de imagem para o pecado

A verdade incontestável é que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança (Gn 1.26-27). Deus criou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego (espirito, do hebraico ruah) e ele passou a ser alma (do hebraico nephesh). O homem é a coroa da criação. A origem do homem é divina. O homem foi criado para glorificar a Deus.
O homem é um ser moral e espiritual. Deus dotou o homem com uma consciência, que servia de tribunal para nortear suas decisões. O homem em seu estado natural era perfeito.  A Bíblia relata que um momento determinado a antiga serpente, o Diabo, lançou mão para tentar o homem e encheu a mente e o coração de Eva com ideias mirabolantes que fizeram com que ela pecasse e como se não bastasse Adão também foi envolvido nessa trama diabólica e também pecou. Com a queda de Adão, toda a raça humana foi mergulhada no pecado. Por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte e a morte passou a todos os homens (Rm 5.12).
Agora por causa do pecado, não refletimos mais com clareza a imagem de Deus. O pecado atingiu todas as áreas das nossas vidas. Não há nada em nós que não seja afetado pelo pecado. O homem tornou-se praticante do pecado e escarvo dele. O homem está totalmente depravado. Naturalmente o homem, não discerne (não tem entendimento), pois está morto em seus delitos e pecados (Ef  2.1).
Com a queda o homem tornou-se objeto da ira de Deus. A Bíblia é clara quanto a isso: “A ira de Deus se revela do céu contra toda a impiedade e perversão dos homens que detêm  verdade pela injustiça” (Rm 1.18)
A ira de Deus não é injusta, mas sim uma resposta certa de um Deus justo contra uma afronta desmedida contra sua santidade.
O pecado dos nossos pais (Adão e Eva) no nosso ponto de vista não foi um pecado trágico. Não foi um adultério, um furto ou um estupro, mas apenas um simples ato de desobediência. Porém, aos olhos de Deus foi algo terrível, pois Ele é tão puro de olhos que não pode comtemplar o mal (Hc 1.13 a).
O pecado do homem é merecedor da ira de Deus, ou seja, o castigo de Deus para o homem é justo pelos seguintes aspectos: O homem em sua queda afrontou a santidade de Deus; O homem era a coroa da criação feito à imagem e semelhança de Deus, com o pecado essa imagem foi deformada; O homem tinha um relacionamento singular com Deus e esse relacionamento foi quebrado por conta do pecado.
Outra consequência do pecado é que ele tirou do homem a sua liberdade. O homem se tornou um praticante e escravo do pecado. Em toda a sua constituição o homem foi afetado pelo pecado. A mente, o coração e todas as suas ações estão contaminadas pelo pecado. O pecado atingiu todas as áreas da nossa vida: nosso corpo e nossa alma, nossa razão e nossos sentimentos. Somos um ser ambíguo e contraditório. O bem que queremos fazer não o praticamos e o mal que não queremos, esse o fazemos (Rm 7.19).
Na criação, Deus proveu o homem com um adjutorium (uma ajuda, um auxílio), uma assistência graciosa certa para o bem.
Após a queda, o homem foi entregue ao pecado, para seguir os planos maus da sua mente. Seu coração é agora cheio de dolo e seus desejos são continuamente maus.
Não há como tentar encobrir que o homem, por conta da queda de nossos pais, está morto em seus delitos e pecados, e nem que ele só poderá responder positivamente a Deus unicamente se for convencido, pelo Santo Espírito, do seu pecado, da justiça divina e do juízo ao qual estão destinados todos os pecadores.
Somos dignos merecedores da ira divina por conta do nosso pecado, mas em sua soberana e irresistível graça aprouve a Deus nos salvar por Jesus Cristo, pela fé que nasce ouvindo a pregação genuína do evangelho da cruz. Pregação do evangelho que não mostra o homem morto em seus pecados e que não fala no sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, não é a genuína pregação.
Nas palavras de John Newton: “Oh! graça sublime do Senhor/Perdido me achou/Estando cego, me fez ver,/ Da morte me salvou./A graça me fez enfim temer,/E o meu temor levou;/Oh! Quão preciosa é para mim,/A hora em que me salvou. É assim que acontece com os que são e que ainda serão chamados segundo os desígnios do Criador.

Sola Gratia!!!

Soli Deo Gloria!!!

Joel da Silva Pereira



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