segunda-feira, agosto 31, 2015

Salmos & Hinos!!!



“Igreja fica de pé e vamos louvar ao Rei dos Reis!” Aí quando se começa a cantar, as canções em nada louvam e nem glorificam a Deus. As canções estão longe de exaltar a Deus e toda sua majestade.
Louvar e adorar a Deus na beleza da sua santidade nunca foi tão difícil como nos dias de hoje. As canções, assim como as pregações, são antropocêntricas e colocam Deus em segundo plano, isso quando Ele é mencionado em sua letra.
Se alguém canta uma canção com uma letra bíblica, não agrada! A Bíblia exalta a Deus e não ao homem, por isso que canções cristocêntricas são raras. Elas não agradam a massa decaída e morta em delitos e pecados.
O hino de número 247 do hinário congregacional diz o seguinte: “Santo! Santo! Santo! Deus onipotente! Cantam de manhã, nossas vozes com ardor! Santo! Santo! Santo! Justo e compassivo! És Deus triúno, excelso Criador!” Uma clara exaltação a santidade, majestade e onipotência do soberano Deus. Esse hino e muitos outros foram banidos do meio da igreja hodierna. As desculpas que são dadas para que tais hinos não sejam cantados são as mais variadas. Desde que são velhos, saíram de moda, eram para outras pessoas e a lista é grande. É disso a pior! Só que o real motivo é que esses hinos exaltam e glorificam a Deus. Deus é o centro!
Os hinos, que de antigos não têm nada, estão repletos de conteúdo bíblico e doutrinário. Tal conteúdo é uma afronta à teologia atual que "exalta" e “glorifica” o homem, e que faz de Deus um mero servo da vontade humana.
Não é preciso recorrer aos hinários para termos músicas de conteúdo bíblico e cristocêntico. É claro que é sempre bom manter a tradição viva, ainda mais uma tradição tão rica como a dos hinários das igrejas.
Tem-se bons exemplos na música cristã como o excelente grupo Logos, que na canção O Evangelho, diz o seguinte: “eu sinto verdadeiro espanto no meu coração em constatar que o evangelho já mudou/ quem ontem era servo, agora acha-se senhor, e diz a Deus como ele tem que ser!”
Há também o reverendo  Gladir Cabral que expressa sua devoção a Deus na sua canção Rei do Universo : “Rei do Universo/Deus da minha vida/Ouve essa cantiga/ Feita para o teu louvor/ Tua poesia/ Tua melodia/ Tua harmonia/ É muito mais/ E sempre mais/ Do que se pode ousar imaginar/ E vai além do entendimento/ Ou do humano sentimento/ És meu criador/ Fonte e raiz/Lume da minha alma/És e serás sempre.....Rei do Universo...
Por que essas duas canções não são cantadas? A resposta está no foco das suas letras. Elas são centralizadas na pessoa do Altíssimo e não no homem caído.
As Escrituras relatam o seguinte: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criastes, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Ap 4.11), e também “Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele (I Co 8.6) e continua, “pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.” (At 17.28). Como se pode ver a Bíblia em sua inteireza exalta a Deus e a Ele tributa toda honra, todo louvor e toda glória. Diferente das canções atuais que escanteiam Deus.
As igrejas assistem inertes, e chegam até a participar das bizarrices que são cantadas em seus cultos como sendo para o louvor da glória de Deus. O que é apresentado não passa de uma palhaçada sem tamanho. Essa bizarrice que se alastra se deve ao fato da fraca teologia que é disseminada em pregações sem conteúdo e sem bases bíblicas, pois se as pregações fossem bíblicas por consequências seriam cristocêntricas, e como resultado as canções também o seriam.
As igrejas, sem a devida preocupação em propagar a sã doutrina, dão vida a uma geração doente e sem conhecimento bíblico. Se a atual geração, que é formada nas igrejas, fosse bíblica não engoliria a canção Sabor de mel como sendo um hino de louvor a Deus: “Quem te viu passar na prova/E não te ajudou/Quando ver você na benção/Vão se arrepender/Vai estar entre a plateia/E você no palco/ Vai olhar e ver/Jesus brilhando em você”. Onde Jesus é glorificado nessa canção? Cadê as maravilhas de Deus sendo anunciadas? Cadê o evangelho da graça de Cristo sendo pregado? Esse hino mostra a glória sendo tributada ao homem. Está mais do que na hora da igreja recordar que Deus não reparte a sua glória com ninguém (Is 42.8) e que isso também se aplica ao homem, uma vez que o homem hoje ao que parece é o centro de tudo, e Deus é apenas um mero servo da vontade corrompida e depravada desse homem como explicito na canção citada.
A geração atual ao que parece desconhece a canção, Rei das Nações, do grupo Vencedores Por Cristo: “Grandes são as tuas obras,/ Senhor todo-poderoso;/Justos e verdadeiros são os teus caminhos./Ó, Rei das nações,/Quem não temerá?/Quem não glorificará teu nome?/Ó Rei das nações,/Quem não te louvará?/Pois só teu nome é santo./Todas as nações virão/E adorarão diante de ti,/Pois os teus atos de justiça se fizeram manifestos.” Isso é louvar e engrandecer a Deus. Deus é apresentado na letra. Há evidências da pregação do evangelho da graça, pois só por meio dele as nações são e serão alcançadas.
No fim de tudo a profecia de Oséias se confirma uma vez mais: “o meu povo perece porque lhe falta conhecimento” (Os 4.6). Essa geração encontra-se em desastroso e acelerado declínio. 

Que a igreja volte a se preocupar com a sã doutrina. Que ela volte a pregar, ensinar e viver as verdades do evangelho.

Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude!!!

Soli Deo Gloria Nunc Et Semper!!!

Joel da Silva Pereira



Um comentário:

  1. Passando pela prova doutrinária do louvor, chegamos a prova do coração do adorador: nosso coração estaria perto do nosso Deus tanto quanto nossos lábios?

    Depois de provadas nossas intenções e devoções, tenhamos bom ânimo em meio as aflições e oremos em todo tempo, dando graças pela maravilhosa graça de Deus.

    Louvemos a majestade do nosso Pai com vozes, condutas e renúncias em nossa peregrinação neste mundo. Alegremo-nos com os que se alegram nele: o Senhor alegre e santo, que zomba dos escarnecedores e converte o pranto dos humildes em riso.

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