“Igreja fica de pé e vamos louvar ao
Rei dos Reis!” Aí quando se começa a cantar, as canções em nada louvam e nem
glorificam a Deus. As canções estão longe de exaltar a Deus e toda sua
majestade.
Louvar e adorar a Deus na beleza da
sua santidade nunca foi tão difícil como nos dias de hoje. As canções, assim
como as pregações, são antropocêntricas e colocam Deus em segundo plano, isso
quando Ele é mencionado em sua letra.
Se alguém canta uma canção com uma
letra bíblica, não agrada! A Bíblia exalta a Deus e não ao homem, por isso que
canções cristocêntricas são raras. Elas não agradam a massa decaída e morta em delitos e pecados.
O hino de número 247 do hinário
congregacional diz o seguinte: “Santo! Santo! Santo! Deus onipotente! Cantam de
manhã, nossas vozes com ardor! Santo! Santo! Santo! Justo e compassivo! És Deus
triúno, excelso Criador!” Uma clara exaltação a santidade, majestade e
onipotência do soberano Deus. Esse hino e muitos outros foram banidos do meio
da igreja hodierna. As desculpas que são dadas para que tais hinos não sejam
cantados são as mais variadas. Desde que são velhos, saíram de moda, eram para
outras pessoas e a lista é grande. É disso a pior! Só que o real motivo é que esses hinos exaltam e
glorificam a Deus. Deus é o centro!
Os hinos, que de antigos não têm
nada, estão repletos de conteúdo bíblico e doutrinário. Tal conteúdo é uma
afronta à teologia atual que "exalta" e “glorifica” o homem, e que faz de Deus um
mero servo da vontade humana.
Não é preciso recorrer aos hinários
para termos músicas de conteúdo bíblico e cristocêntico. É claro que é sempre
bom manter a tradição viva, ainda mais uma tradição tão rica como a dos
hinários das igrejas.
Tem-se bons exemplos na música cristã como o excelente grupo Logos, que na canção O Evangelho,
diz o seguinte: “eu sinto verdadeiro espanto no meu coração em constatar que o
evangelho já mudou/ quem ontem era servo, agora acha-se senhor, e diz a Deus
como ele tem que ser!”
Há também o reverendo Gladir Cabral que expressa sua devoção a Deus na sua canção Rei do Universo : “Rei do Universo/Deus da minha vida/Ouve essa cantiga/
Feita para o teu louvor/ Tua poesia/ Tua melodia/ Tua harmonia/ É muito mais/ E
sempre mais/ Do que se pode ousar imaginar/ E vai além do entendimento/ Ou do
humano sentimento/ És meu criador/ Fonte e raiz/Lume da minha alma/És e serás sempre.....Rei
do Universo...
Por que essas duas canções não são
cantadas? A resposta está no foco das suas letras. Elas são centralizadas na
pessoa do Altíssimo e não no homem caído.
As Escrituras relatam o seguinte: “Tu
és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque
todas as coisas tu criastes, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e
foram criadas” (Ap 4.11), e também “Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de
quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo,
pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele (I Co 8.6) e continua, “pois
nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm
dito: Porque dele também somos geração.” (At 17.28). Como se pode ver a Bíblia
em sua inteireza exalta a Deus e a Ele tributa toda honra, todo louvor e toda
glória. Diferente das canções atuais que escanteiam Deus.
As igrejas assistem inertes, e chegam
até a participar das bizarrices que são cantadas em seus cultos como sendo para
o louvor da glória de Deus. O que é apresentado não passa de uma palhaçada sem
tamanho. Essa bizarrice que se alastra se deve ao fato da fraca teologia que é
disseminada em pregações sem conteúdo e sem bases bíblicas, pois se as
pregações fossem bíblicas por consequências seriam cristocêntricas, e como resultado as canções também o seriam.
As igrejas, sem a devida preocupação em
propagar a sã doutrina, dão vida a uma geração doente e sem conhecimento
bíblico. Se a atual geração, que é formada nas igrejas, fosse bíblica não
engoliria a canção Sabor de mel como sendo um hino de louvor a Deus: “Quem te
viu passar na prova/E não te ajudou/Quando ver você na benção/Vão se
arrepender/Vai estar entre a plateia/E você no palco/ Vai olhar e ver/Jesus
brilhando em você”. Onde Jesus é glorificado nessa canção? Cadê as maravilhas
de Deus sendo anunciadas? Cadê o evangelho da graça de Cristo sendo pregado? Esse
hino mostra a glória sendo tributada ao homem. Está mais do que na hora da
igreja recordar que Deus não reparte a sua glória com ninguém (Is 42.8) e que
isso também se aplica ao homem, uma vez que o homem hoje ao que parece é o
centro de tudo, e Deus é apenas um mero servo da vontade corrompida e depravada
desse homem como explicito na canção citada.
A geração atual ao que parece
desconhece a canção, Rei das Nações, do grupo Vencedores Por Cristo: “Grandes
são as tuas obras,/ Senhor todo-poderoso;/Justos e verdadeiros são os teus
caminhos./Ó, Rei das nações,/Quem não temerá?/Quem não glorificará teu nome?/Ó
Rei das nações,/Quem não te louvará?/Pois só teu nome é santo./Todas as nações
virão/E adorarão diante de ti,/Pois os teus atos de justiça se fizeram
manifestos.” Isso é louvar e engrandecer a Deus. Deus é apresentado na letra. Há
evidências da pregação do evangelho da graça, pois só por meio dele as nações
são e serão alcançadas.
No fim de tudo a profecia de Oséias
se confirma uma vez mais: “o meu povo perece porque lhe falta conhecimento” (Os
4.6). Essa geração encontra-se em desastroso e acelerado declínio.
Que a igreja volte a se preocupar com
a sã doutrina. Que ela volte a pregar, ensinar e viver as verdades do
evangelho.
Que Deus tenha misericórdia de nós e
nos ajude!!!
Soli Deo Gloria Nunc Et Semper!!!
Joel da Silva Pereira
Passando pela prova doutrinária do louvor, chegamos a prova do coração do adorador: nosso coração estaria perto do nosso Deus tanto quanto nossos lábios?
ResponderExcluirDepois de provadas nossas intenções e devoções, tenhamos bom ânimo em meio as aflições e oremos em todo tempo, dando graças pela maravilhosa graça de Deus.
Louvemos a majestade do nosso Pai com vozes, condutas e renúncias em nossa peregrinação neste mundo. Alegremo-nos com os que se alegram nele: o Senhor alegre e santo, que zomba dos escarnecedores e converte o pranto dos humildes em riso.